domingo, março 29, 2009

Nortadas

Ontem começaram. Não, não foi com o jogo de Portugal com os altos, loiros e pouco toscos suecos, foi mesmo o vento que se tornou forte de noroeste, intenso e gelado, sem dar tréguas. Fez com que a minha corrida de hoje fosse adiada para a manhã de amanhã. Vicissitudes do clima de quem vive à beira-mar. Contudo, também estes dias têm coisas boas, como o facto de os transeuntes da marginal se transfiram para os variadíssimos Shoppings  do grande Porto. Estranhos hábitos que esta gente tem, enfiam-se num carro com a família mais o coitado do cão, e sem destino definido, ocupam o Domingo com um ritual medonho de vai-e-vem sem sentido. Quando os dias estão como esteve  o de hoje enfiam-se num centro comercial a ver as montras. Até na educação e na cultura poupámos nos tempos da outra senhora. Os Museus, as bibliotecas, os teatros ou os livros por si só, são vistos como meios de estudo, autênticos lugares de “grande seca”, que, ou já visitaram aquando da escolaridade obrigatória, ou, visitam quando se trata do museu do clube, onde estarão guardadas as roupas interiores usadas numa qualquer conquista. Triste povo que não procura o conhecimento como forma de desenvolvimento e enriquecimento pessoal. É o que há. O povo e as nortadas.

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