quarta-feira, junho 03, 2009

Há coisas enervantes. A política cada vez mais, a crise cada vez menos, a hipocrisia sempre.
Acho incrível a memória curta das pessoas, qual mentira com a mesma medida de perna.
Isto, devido à época eleitoral que atravessámos. Já não tenho pachorra para os candidatos, que, à imagem do que nos têm habituado, não passam de "betinhos" à procura de um bom resultado para satisfazerem os líderes, ou, no caso do Sr. de cabelo branco, para provarem o sabor de tudo contra o que lutaram durante anos.
Vou votar. Acho que a abstenção não é solução, é apenas o deixar para esses cromos a responsabilidade das opções que deveriam adoptar por aquilo que apregoam.
Vital, como ex-comunista, nunca teria o meu voto. Não por ser ex-PC, mas antes porque se tornou um pasquim. É arrogante, e goza com o povo quando diz que a crise é mais mediática que real. Rangel, não. Não gosto da figura que quase rebenta pelas costuras de tão gordo e os botões de punho irritam-me.
Nuno Melo, talvez. Apenas porque é de Braga, cidade que me é muito querida. Mas quando vejo o Sr. Colgate white ao seu lado, mudo de ideias.
Mais à esquerda, sentia-me contrariar tudo aquilo em que acredito, menos Estado na economia, mais regulação, mas iniciativa privada sempre. Este estado de coisas a que chegou Portugal, onde quem tem muito dinheiro tudo atrasa (obras, falências, julgamentos, leis, segurança, etc.), onde a subsídio-dependência atingíu o ridículo, onde os Réus gozam com os Juízes e estes com os Polícias, onde ser cumpridor da Lei e das regras da sociedade é ser uma espécie de "otário", é o culminar de longos anos de políticas de facilitismo. Desde a criação de subsídios para "escolarizar" quem não quer ir à escola, até subsídios para deixar a toxicodependência, todos estes e mais alguns sempre superiores aos atríbuidos a quem realmente precisa, esta mania do Estado socialista querer dar liberdade para a libertinagem, onde uma miúda de 15 anos não pode fazer um piercing sem a autorização dos Pais, mas pode abortar sem estes saberem, leva-me à triste conclusão que o que deveria ser normal, está a tornar-se raro. A ausência de valores existente na vida política nacional, sem alternativas de valor à vista, leva-me a pensar que se calhar, vou dar o meu voto a um desses movimentos criados recentemente e que, graças à Lei Eleitoral, recebem os 30€ correspondentes. Pelo menos não o vão gastar em bandeiras e bonés para dar aos estoicos resistentes que ainda vão aos comícios.

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