terça-feira, outubro 27, 2009

Acção cívica

Li num artigo de opinião a incredulidade da autora depois de uma pessoa ter morrido num restaurante, após um episódio que, considera, estúpido. Como todas as mortes evitáveis.

O estúpido da situação repetiu-se ontem. Um jogador, jovem, morreu após, supõe-se, uma paragem cardíaca, que poderia ter, eventualmente, evitado com um simples desfibrilador. Acontece que o dito aparelho que pode salvar vidas, não faz parte dos utensílios que a Federação de Basquetebol considera indispensáveis num pavilhão onde se realizem jogos daquela modalidade.

No primeiro episódio, um homem morreu após se ter engasgado enquanto comia. Não havia ninguém na sala que soubesse efectuar a manobra de Heimlich, que consiste em pressionar a zona abaixo do diafragma da pessoa engasgada, para que, com a saída em pressão do ar dos pulmões, a mesma consiga expelir o que lhe impede a respiração.

Na segunda situação, apenas  o melhoramento das regras e a consciencialização de que o tempo após uma paragem cardíaca é curto para uma eventual recuperação do paciente. Para o encurtar, os desfibriladores devem estar, obrigatoriamente, presentes em todos os espaços onde se pratica desporto.

Quanto ao facto de no restaurante onde morreu uma pessoa engasgada, este deve-se a um simples motivo: a ausência de formação cívica. Em vez de tanto se preocuparem com coisas supérfluas, os políticos, deveriam ter-se lembrado já há muito tempo, de implementar nas escolas uma disciplina que abrangesse estas matérias. As pessoas deveriam aprender como lidar em caso de presenciarem um acidente, fosse ele de que natureza fosse.

Infelizmente, ainda não é o caso. E vai-se morrendo por omissão ou por pura ignorância de quem assiste.

sexta-feira, outubro 23, 2009

Bailarinas exóticas

Hoje, no programa mais didáctico da televisão portuguesa (o da manhã do canal 1), enquanto me espreguiçava, vejo a seguinte, bombástica, notícia: “Comerciantes de Paris, para combater a crise, usam dançarinas exóticas como manequins nas suas montras”. Fiquei à espera de ver dança da chuva, ou algum grupo Maori a actuar. Não. Nem tão pouco eram strippers de leste, daquelas que quando se despem mostram uma magreza extrema, com costelas salientes. Eram bailarinas tipo Moulin Rouge!

As ditas dançavam muito sincronizadas, não faziam propriamente pose. E se pensam que as roupas seriam de alguma nova colecção, enganam-se. Estavam praticamente despidas, exceptuando umas plumas no cabelo e as “partes baixas” cobertas com um tecido escuro.

Em frente, um batalhão de jornalistas tentava a melhor foto para eternizar o momento. Eram muitos os curiosos que tentavam, ao longe, ver o dito espectáculo, sem conseguir chegar perto.

Afinal, os comerciantes de Paris descritos pela RTP como bastante aflitos com a crise, resumiam-se à montra de uma das mais caras lojas do mundo, a Printemps!

Eu cheguei a pensar que alguém ali para os lados de Amarante se lembrasse de pedir ao dono de uma das muitas casas de strip, algumas bailarinas para animar o comércio tradicional, mas afinal parece que só resulta se as bailarinas forem exóticas à francesa.

Ninguém lhes disse que a Printemps tem 45.000 m2! Deve ser a superfície ocupada pelo comércio tradicional na Rua Santa Catarina no Porto. E chamam àquilo “os comerciantes de Paris”!

Como se o Corte Inglês de Lisboa representasse o comércio tradicional da cidade.

E que alguém lhes diga que manequins em montras de lojas de roupa, normalmente têm roupa…

Santa ignorância…

quarta-feira, outubro 21, 2009

Estou consigo, Mário David!

“José Saramago, há uns anos, fez a ameaça de renunciar à cidadania portuguesa. Na altura, pensei quão ignóbil era esta atitude. Hoje, peço-lhe que a concretize... E depressa! Tenho vergonha de o ter como compatriota! Ou julga que, a coberto da liberdade de expressão, se lhe aceitam todas as imbecilidades e impropérios?

Se a outorga do Prémio Nobel o deslumbrou, não lhe confere a autoridade para vilipendiar povos e confissões religiosas, valores que certamente desconhece mas que definem as pessoas de bom carácter.”

in, www.mariodavid.eu

Nunca comprei um livro de Saramago, como nunca comprei nenhum de Salman Rushdie. Acho que um escritor que se afirma contra alguma coisa, ou contra alguma crença, ou contra alguma pessoa, vai por um caminho que implica parcialidade. Seria como achar verdadeira e fiel a biografia de Álvaro Cunhal escrita por José Pacheco Pereira.

Não me parece que a grande maioria das pessoas partilhe desta opinião, mas como as que crêem em Deus e na Bíblia me merecem muito mais respeito que um exilado em Lanzarote (rico exílio), parece-me que a minha opção de não encher os bolsos do dito individuo, é tão só, uma homenagem a quem vive e se guia pelo livro Sagrado.

Já tive imensas discussões com muita gente acerca da educação católica. Não me parece válido o argumento que advoga a livre escolha, que pede que não se baptize uma criança, ou que não se eduque a dita inocente numa religião que ela ainda não sabe se quer. Costumo dizer que o meu pai me obrigou a ir à escola, me obrigou a respeitar os outros, me obrigava a fazer a minha cama, a lavar a louça nos dias em que me estava destinado tal ofício e me orientou nos princípios em que acreditava. Nada do que me obrigou a fazer fez de mim pior pessoa, e nenhuma das escolhas que por mim fez me trouxeram nenhum malefício.

Agradeço a educação católica que me deram, o que não invalidou que não tivesse confirmado a minha Fé pelo Sacramento que serve para confirmar a escolha que um dia fizeram por nós: O Crisma (Sacramento de confirmação da Fé). Quando chegou a altura, achei que não tinha assim tanta certeza. E se toda a gente fizesse exclusivamente aquilo em que acredita, provavelmente haveria menos casamentos pela Igreja. Os comunistas não teriam Missa de Corpo Presente, ou funerais católicos, nem os Socialistas corriam a beijar a mão ao Papa quando este vem a Portugal. Porque pior que educar e ensinar segundo uma crença religiosa, seja ela qual for, é apregoar uma coisa e fazer o contrário.

Quanto ao dito escritor, que se nacionalize espanhol, vá para Madrid dizer aquelas barbaridades, que alguém é capaz de o chamar à razão.

Tenho dito.

domingo, outubro 18, 2009

A minha 1ª Meia Maratona

Quase 15 meses depois de deixar de fumar e de ter começado a correr, aventurei-me numa prova de atletismo. Como as esperanças de vitória não eram muitas, esforcei-me por acabar, o que, diga-se, não é fácil para ninguém.

Depois de 21,095 km!!!, cheguei, solitário, com o dorsal 795, à meta instalada no Jardim do Calém, junto ao Douro que serviu de cenário a toda a prova.

Fica o registo e a classificação que era o que menos importava.

http://www.runporto.com/classificacoes/meiasportzone09/classmeiasportzone09.aspx

1413º classificado em 1448 que conseguiram terminar.

Custa a primeira, a partir daqui é sempre a melhorar, digo, e espero eu!

sexta-feira, outubro 09, 2009

Campanha interessante…

Campanha interessante esta.

O Sócrates apoia os candidatos do PS, dizem com ênfase os jornalistas (alguém lhes diga que o Sr. é o Secretário Geral do Partido).

O Jerónimo é contra a privatização da TAP (já foi a favor de alguma?).

O Portas diz que vai ganhar (nunca perde).

O Louçã quer tirar a maioria a toda a gente e, diz ele, ser o provedor dos cidadão nas Câmaras Municipais (não é preciso, já lá estão os vereadores do PCP).

E a Manelinha nem sabe o que anda por ali a fazer. Ninguém a quer por perto (as derrotas eleitorais são mais contagiosas que a Gripe A). Até o Santana Lopes, antevendo uma derrota em Lisboa, chamou o Portas e a Manuela, para que a derrota tenha mais rostos.

As eleições são Domingo, na segunda-feira volta a Gripe A às primeiras páginas…

quinta-feira, outubro 08, 2009

Gravatas serão símbolos?

Acompanho, na medida do que me é possível, alguns blogues. A autora de um deles, que aprecio e que mais fielmente acompanho, colocou um post em que questionava o símbolo em que se tornou a referida indumentária, para os elementos do BE que se deslocaram a Belém. Na minha modesta opinião, fez muito bem.

Já alguém se lembrou de usar meias brancas em vez de pretas, no BE?

Símbolos são as atitudes e as peneiras de quem se acha dono da verdade, da liberdade e da república.

Para mim símbolos dos nossos dias, são os botões de punho usados da esquerda à direita, pelos ilustres comentadeiros da nossa praça. Se tivessem vergonha não insultavam a miséria em que tanta gente vive, limitando as acções de campanha eleitoral a meros debates televisivos.

Aproveitavam e distribuíam pelos pobres o dinheiro poupado.

Já alguém disse aos pobres que votaram no BE, que deram a esse partido 3 € por cada voto?

Perguntem-lhes se vão dar o dinheiro a quem precisa.

A demagogia não seria maior que a que eles, normalmente, usam.

Mesmo com gravata…

Movimentos cívicos

Acho piada a esta moda dos movimentos ditos cívicos. Agora é o da defesa das vistas para o Tejo, do qual faz parte, entre outras individualidades, o idiota de estimação da malta que gosta de dizer mal de tudo o que é lusitano, o ilustre Miguel Sousa Tavares.

Então o papalvo que se diz tripeiro, que tanto bate no Rui Rio, anda a ajudar (como se fosse preciso), o António Costa, com reuniões secretas e garantias de não expansão?

Será que agora vai começar a escrever numa qualquer esplanada das docas, em vez de se ausentar, como tanto gosta, em terras de clima mais ameno, como o seu tão estimado Brasil?

Ninguém defende um terminal de contentores naquele sítio, mas ninguém o viu a marcar reuniões antes das campanhas eleitorais.

Já agora, criem um movimento que defenda a não expansão da Secil na Arrábida. Já sei que há menos esplanadas por lá, mas que aquilo é uma vergonha, é.

quarta-feira, outubro 07, 2009

Raciocínio muito simples

 

1. Deixem que todos os homens que queiram casar com homens, o façam...
2. Deixem que todas as mulheres que queiram casar com mulheres, o façam...
3. Deixem que todos os que queiram abortar, abortem sem limitações...
4. Em duas gerações, deixarão de existir socialistas...

domingo, outubro 04, 2009

Homenagem (pelos piores motivos)

Aos super-dragões, esse grupo de gente que leva bem longe o nome da minha cidade. Diga-se de passagem que nem precisavam de o fazer, já que, na sua grande maioria, são oriundos de cidades limítrofes. Outros são de zonas nobres como o Aleixo, Bairro do Cerco e Ribeira.

Como ninguém consegue, fazem aberturas de lojas em busca do melhor artigo para comprar. Muitas vezes, acontece que as pessoas fogem e não se lembram de receber. Outras, quando aquelas que querem cobrar artigos que os descuidados tragam à vista, eles fazem o favor de acelerar o passo para que não se magoem.

Hoje, mais uma vez, foram abertura de telejornais.

Pelos motivos óbvios: distúrbios, roubos, saídas dos bares e restaurantes de Albufeira sem pagar, etc.

Só não percebo é porque não foram fazer tudo isso para Olhão. É que lá, acredito que não faziam farofas, como diz o povo.

Pelos vistos, como exemplares cumpridores da lei, são uma associação organizada e legalizada. Porque é que não lhes imputam os custos?

Ou ao padrinho do grupo de energúmenos…