sexta-feira, maio 13, 2011

Pentelhos

Enquanto alguns os discutem, como disse Eduardo Catroga, outros analisam o programa que o PSD apresenta ao País.

Francisco Assis acha que o dito programa tem um mérito, diz ao que vai. Refere que é contra, que agora até pode parecer muito correcto, mas que o problema não é o facto do Estado ter domínio sobre todas estas questões, que o problema só se coloca porque há uma crise de financiamento externo. Financiamento externo? Pergunto eu. Financiamento! Não tem de ser externo. Só tem que ser assim porque a economia não consegue gerar recursos suficientes para pagar todos os serviços que o Estado acha que mais ninguém é capaz de prestar.

E o que diz o dito programa?

Diz claramente que o Estado deve sair da posição predominante em tudo o que mexe com a vida das pessoas.

Diz que os serviços de saúde não têm que ser prestados no estado para serem comparticipados, coisa que os sindicatos não admitem que seja alterado nos benificiários da ADSE, por exemplo.

Diz que os pais podem escolher a escola para os filhos, pagando o Estado o mesmo valor, seja pública ou privada.

Diz que acabará com os Governos Civis. Eu gostava de saber porque é que ainda não acabaram. Será que foi só para “albergar” alguns candidatos autárquicos derrotados, como o Governador Civil de Aveiro, José Mota, derrotado surpreendentemente em Espinho?

Diz que terá menos Ministros que qualquer outro governo, não mais do que 10. Diz ainda que reduzirá drasticamente o nº de Secretarias de Estado, bem como o nº de assessores.

Diz ainda que vai privatizar o que resta das já privadas EDP, PT, GALP, REN, CP e mais, muitas mais. Acham mal? Eu não. Evita casos como o de Rui Pedro Soares, que enriqueceu na PT só porque era amigo de Sócrates, ou casos como o de Fernando Gomes, actualmente na Galp, ou como o de José Penedos da REN, ou ainda como o caso de muitos outros ligados ao PSD e que também por lá pululam.

E diz muito mais. É só ler.

Nada me choca nestas medidas, aliás, acho que finalmente apareceu alguém que está disposto a acabar com muita da mama que por aí há, e a malta da comunicação social discute pentelhos.

A definição de pentelho está aqui, para quem a desconheça e refere precisamente aquilo que Catroga quis dizer: Coisa mínima ou de pouca importância.

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