sexta-feira, julho 19, 2013

Salomon Agile 12

Lembro-me bem de ter comprado a minha primeira mochila para Trail. Havia pouco tempo que corria em montanha, não teria feito mais que 2 treinos e uma prova de 17 km, e cometi a loucura de me inscrever na 1ª edição do Grande Trail Serra de Arga, e como fazia parte do material obrigatório, lá fui eu a uma loja da especialidade. Como um "burro que olha para um palácio", com ar de perdido perante tanta escolha, acabei por comprar uma qualquer de uma marca branca. Durou pouco. A bolsa de água rapidamente rebentou, não tinha apito, não era impermeável, nem era fácil o acesso aos diferentes bolsos, para, em prova, poder-me abastecer sem ter que a retirar. Depois dessa comprei mais duas. Uma, que tinha bidões de água em bolsas exteriores, mas que era desconfortável para transportar mais coisas (bastões ou roupa extra) e que não tinha bolsas exteriores, e outra ainda que se revelou um massacre para as minhas expostas clavículas. Somando os investimentos, gastei mais do que se tivesse comprado uma topo de gama.

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Há pouco mais de um mês, depois de seleccionado para "Field Tester" da Salomon, recebi uma mochila para testar, da gama Agile. Claro está que, achando-me ao nível do Killian como tester, tinha esperança de receber a gama S-Lab. Sou um apaixonado das mochilas Skin. Têm aquele ar minimalista, mas são do mais completo que existe. O preço, claro está, também é compatível, disparando para perto do dobro desta Agile 12, que não deixa de cumprir em bom plano as funções para que desejamos que sirva. Com uma boa capacidade, bem distribuída pela mochila, a sensação que tive nos mais de 200 km com ela, é a de que vamos sem todo aquele invólucro às costas. Fiz questão inclusive, de fazer todos os treinos na Freita, tal como a participação no UTSF, com os bastões acoplados e bem seguros, para saber se havia eventuais estorvos ou desconforto no transporte, ou da dificuldade de os segurar ou retirar e voltar a por no lugar. Impecável. Fiz treinos à chuva inclusive, em que nada que fosse dentro da mochila se tenha molhado. Tem, como muitos pretendemos, bolsas externas para colocar garrafas ou cantis, com "presilhas" para que não se soltem quando andámos mais rápido, ou mesmo quando atravessámos cursos de água, onde não é raro ver garrafas a boiar, perdidas por estarem soltas. Com todas as exigências requeridas, como apito e a já famosa bolsa de água da Salomon (PVC free), com um sistema de abertura simples, rápido e largo, para permitir um perfeito enchimento em prova, com compartimento dedicado, (para não termos de retirar toda a tralha para a voltar a guardar), e facilitar a limpeza. 
Na UTSF, adivinhando o calor, enchi a bolsa de água, coloquei dois cantis nas bolsas exteriores, perfazendo assim um total de quase 3 litros de água. Somando a isto as 4 sandes de presunto, 10 géis, 6 barras, corta-vento, uma t-shirt extra, bastões, estojo de primeiros socorros (nada de exagerado, apenas pastilhas anti-inflamatório, repelente insectos, protector solar, pensos para bolhas, vaselina, pensos protectores para os mamilos, pastilhas isotónico), telemóvel, 2 frontais, manta de sobrevivência e um par de meias extra… Ufa! Quando a levantei para sentir o peso, lembrei-me imediatamente da anedota do avião que tinha tantos extras, que os pilotos rezavam sempre para que descolassem e voassem com aquele lastro todo. Mas como qualquer bom amador, havia ali pouca coisa que pudesse prescindir. Aliás, sendo os líquidos o que mais pesava, seria burrice prescindir de algum. Fiz toda a prova sem que sentisse sequer tudo aquilo às costas. Os meus ombros não se queixaram, não havia compressão no esterno (que normalmente leva a má respiração), e tudo estava ali. Os 12 litros de capacidade não estavam esgotados, o que demonstra que podia ter feito a prova em autonomia total, sem mais acessórios.
Enfim, uma boa mochila, que superou as minhas expectativas, e que confirma, que, quem sabe, sabe. À semelhança das grandes marcas automóveis, que tentam abranger todo o mercado, apesar de começarem por fabricar topos de gama, e com eles ganharem notoriedade, também a Salomon se dedicou a encontrar uma solução acessível à grande maioria das bolsas. 
Soubesse o que sei hoje, e não tinha feito tantas experiências. Afinal, também as grandes marcas têm produtos para pequenas carteiras.
Boas corridas!

9 comentários:

  1. buena mochila,una asi quiero yo también.me gusta mucho

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  2. Excelente análise à mochila Rui. E a lista de material a levar para um trail, que referes, também é muito útil para o pessoal não se esquecer de nada. Ficou só a faltar o imprescindível papel higiénico ou quem preferir os toalhetes de bebé, para as partidas que às vezes do intestino nos prega. :)
    Abraço e boas corridas.

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    1. Não faltaram na mochila (e foram bem úteis), mas sim, faltaram no texto. ;)
      Abraço!

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  3. Mais uma excelente crónica... Uma análise sem grandes pretensões, mas eficiente... Boa escolha da Salomon. Dá vontade de comprar uma!!! :)

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    1. Obrigado, Mauro. Olha que vale bem o que custa. É a segurança na qualidade ;)
      Abraço!

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  4. Boa análise! Tenho essa mochila desde Abril e posso dizer que foi a melhor prenda que me deram! Subscrevo tudo, em especial, o facto de nem sentirmos que a levamos, por mais carregada que vá. 5*

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