terça-feira, março 15, 2016

Compromisso eleitoral: Regular, comunicar, apoiar.

No seguimento da apresentação de uma lista candidata ao acto eleitoral que elegerá os Corpos Sociais da Associação de Trail Running de Portugal, apresento-vos o nosso compromisso eleitoral, que servirá como guia de trabalho na Direcção dos destinos do Trail em Portugal.

  1. Regular
  • Implementar regulamentos técnicos.
  • Protocolar com as federações que mantêm provas em montanha a tutela de organização de provas de trail.
  • Fazer cumprir os regulamentos e afirmar a ATRP como entidade reguladora do Trail.
  • Promover formação técnica supervisionadora e certificadora.
  • Enquadrar ATRP nas suas competências no seio da FPA.
  • Propor alterações aos estatutos da ATRP.

      2. Comunicar
  • Comunicar com os diversos players do desporto, desde atletas aos municípios passando pelos organizadores, patrocinadores e equipas.
  • Manter uma activa presença nas redes sociais e web.
  • Intensificar divulgação de provas nos media.
  • Consultas regulares aos membros do Conselho Consultivo.
  • Implementação de gestão  de comunicação com os sócios, com tempos estreitos de resposta.
  • Publicar regularmente relatórios de actividade.
  • Conferência anual sobre trail.

      3. Apoiar
  • Apoiar organizações na divulgação das provas e angariar uma bolsa de patrocinadores.
  • Juízes árbitros em todos os eventos do Circuito e sorteados para outra provas que, tendo sido certificadas pela ATRP, poderão ser (sem aviso prévio) alvo de fiscalização.
  • Promover acções de formação na área de segurança.
  • Promover acções de formação de resgate em montanha.
  • Promover acções de formação de marcação e (re)abertura de trilhos.
  • Promover estágios de Trail para Sub 23.
  • Promover e apoiar internacionalização de provas.
  • Promover controlo anti-doping.
  • Promover e apoiar escolas de trail.
  • Apoiar criação de Centros de Trail que possam integrar sedes distritais da ATRP.

4. Compromisso
Planear, colocar à discussão, decidir e tomar total responsabilidade, explicando opções. Toda a nossa actuação pautar-se-á por total transparência na gestão de uma Associação que se pretende seja farol de um desporto que requer muita responsabilidade e um grau superior de responsibilização dos seus promotores.
Faremos, mal seja viável, um ponto de situação da ATRP, tentaremos melhorar o que houver a melhorar e manteremos o que está bem feito.
Prometemos trabalho intenso, em equipa, com todos os associados da ATRP, e esperamos que todos os que gostam de correr nas montanhas se juntem a nós.

Ana Luísa Xavier
Manuel Maria Correia
Filipa Vilar
Hélder Costa
José Capela
José Brito
Mário Ferreira
Rui Pinho

segunda-feira, março 07, 2016

Regular. Comunicar. Apoiar.

26 de Fevereiro. Num dos dias mais frios e tempestuosos dos últimos anos, enquanto em Condeixa umas centenas de atletas se preparavam para partir para a gelada edição da Ultra de Sicó, em S. Pedro de Moel decorria uma Assembleia Geral Ordinária para apresentação de contas da ATRP. Compareceram 3 elementos dos corpos sociais. Honra seja feita aos Presidentes da Direção e da Assembleia Geral; sempre deram a cara pela equipa e ali estavam, expostos ao escrutínio dos associados presentes (7) na companhia de um dos membros da Direção.
Nesta mesma AG os orgãos sociais da ATRP, em bloco, apresentaram a demissão dos cargos para os quais foram eleitos. Nas palavras do Ex.Mo Presidente da Assembleia Geral, davam lugar aos, e cito de cor, "críticos que se acham capazes de fazer melhor".
Não é por ser criticado que alguém se demite. Faz parte das funções de quem assume lugares de representação associativa, ouvir críticas, sentir o pulsar de quem se dispôs a representar, e agir em coerência com as suas ideias e princípios, que, em princípio (passe o pleonasmo), foram escrutinados na campanha e consequente acto eleitoral. Contudo, não terá sido este o entendimento das pessoas que integraram a anterior direção. Por motivos que só aos próprios cabe esclarecer, foi com este facto consumado que nos deparámos no final da dita AG. 
 
Nesse mesmo dia encetei contactos com várias pessoas com quem vinha a discutir o actual estado do trail em Portugal. Não tinha, nunca tive, intenção de gerir os destinos do trail enquanto dirigente associativo. Tenho tido desde há muito, neste espaço e noutros fóruns de discussão, o atrevimento de "pensar alto". Desde o primeiro dia em que me atrevi a ir a uma montanha correr passei para o blogue as minhas experiências e sensações. As minhas opiniões são públicas e expostas à análise de quem as quiser conhecer. 
Critiquei alguns actos incompreensíveis desta direcção. E acaba como tem actuado, sem ponderar devidamente aquilo que decide. Senão reparem: O acto eleitoral está marcado para Miranda do Corvo, e bem, para o dia a seguir ao UTAX. Faz sentido, já que no mesmo fim de semana decorrerá a gala anual da ATRP de entrega de prémios. Só que a gala foi marcada para as 20h de Sábado. Enquanto alguns atletas ainda estarão em prova, prova esta que faz parte do circuito, a ATRP faz uma gala e pede a participação e presença dos sócios. Não seria melhor fazerem a gala no dia seguinte, dia das eleições? Os sócios que demorarem mais de 20, 21 ou 22 horas a fazer o UTAX (112 km) não podem ir à gala receber o seu prémio. Infelizmente.
Antes de fazer públicas as minhas preocupações com o estado actual do trail em Portugal fiz chegar essas mesmas opiniões a quem de direito - aos orgãos de direção da ATRP. Foi-me solicitada colaboração que não enjeitei. Propus consensos, promovi conversas entre pessoas desavindas, coloquei-me à disposição para reunir pensamentos para um evento com dimensão nacional que servisse para discutir o futuro do trail. Em resposta angariei inexplicáveis inimizades. Nada me move pessoalmente contra quem, bem ou mal, geriu até agora os destinos do trail em Portugal. Acredito que quiseram sempre o melhor, como todos queremos, e que deram o melhor de si mesmos. Mas às vezes o melhor não chega. E quando o melhor de nós invalida que se reúnam consensos (não unaninismos) alargados, numa posição autista e individual, entramos num confronto com os que nos criticam e sentimo-nos menosprezados. Não foi minha intenção desprezar ou menosprezar o trabalho de quem sai. Deram graciosamente o melhor que podiam e sabiam. Terá faltado muita coisa, mas muito foi também feito. Depois de tudo o que aconteceu nestes meses não poderia deixar de apresentar uma solução. É um imperativo de consciência.
 
 
Reuni uma lista que apresentarei a seu tempo, e que irá a escrutínio dos associados da ATRP. Assumirei individualmente todas as responsabilidades dos actos que colegialmente tomaremos. Irei atribuir pelouros de actuação a todos os integrantes dos corpos sociais e proporcionar a liberdade necessária para actuarem. Não haverá lugares simbólicos. Será uma equipa de trabalho, que visa trazer para a ATRP uma dinâmica que envolva todos os actores do panorama do trail nacional. Tentaremos trazer um pouco da nossa experiência, de forma a contribuirmos para o crescimento de um desporto que todos gostamos com base na regulação, comunicação e apoio. Regular o trail, comunicar com os associados, instituições e público, e apoiar quem organiza e quem participa. 
Saudações desportivas.