Enquanto me entretenho a tentar dar um rumo a um livro que, há longo tempo, tento escrever, a política portuguesa segue o rumo de uma autêntica comédia, a não parecer quase trágica.
Cavaco, do alto da sua insignificância, diz que a alternativa ao Euro seria ruinosa, se ele não dissesse não acreditávamos. Agora que já se tinha iniciado o cunho das moedas de 50 paus e a estampagem, quais t-shir't’s, das nouvelles notas de “conto”, é que o Sr. Silva vem mandar parar a ansiedade dos cotas, que tinham a legítima esperança de gastar as economias antes de partir para o outro mundo.
O Louçã insiste em sacar a “pasta” a quem a tem para investir por aí, e de preferência com muitos empregos para os, inaptos, tugas na alta velocidade.
O Jerónimo diz que sim, que o investimento tem de ser público, como se o público não tivesse já metido no prego os anéis que sobraram das estradas que por aí grassam.
O Portas, que ninguém leva a sério, foi ao Cavaco fazer queixinhas, enquanto pedia desculpa pela campanha do Independente nos idos anos 90.
Os ministro correm a dizer que tudo está bem e bem há-de estar.
O Norte continua a assobiar enquanto é posto à parte destes investimentos todos.
E nos Açores tivemos o momento Júlio Isidro. Carlos César assume que há muito viu em Alegre o que parece que o PS vai assumir em breve: O homem ideal para vencer o Sr. Silva dos discursos insignificantes.
Eu, como nem de relações percebo, nem de política quero saber, vou tentar dar rumo ao livro, na esperança de fazer algo de útil, não vá a minha cabeça entrar nesta onda de parvoíce colectiva.
A actualidade é dura, mas em liberdade podemos sempre alhear-nos como se nada fosse.
Até que a água nos chegue aos pés, isto parece ser, embora movediça, areia firme. Sim areia. Porque se tentarmos sentir algo em tudo isto, esvaísse-nos entre os dedos.