terça-feira, julho 20, 2010

O Amor é…

Não me sinto (nem deveria sentir, a julgar pela falta de experiência que tenho a esse respeito) nenhum expert na matéria, mas penso, logo (não, não vou por aí…) tenho opinião.

Ando arredado desta minha paixão, recente é certo, mas uma paixão é sempre fugaz. Aparece com força de tufão e sai como uma brisa matinal de um dia de Primavera. É uma tempestade tropical. Aquece de tal maneira que acaba em chuva e humidade em excesso. Nem sempre se repara na praga de mosquitos que vem atrás, mas enfim, tem piada a intensidade. Piada não, tem mesmo é o poder de cegar.

A escrita tem destas coisas, necessita de inspiração. É como o amor.

O amor é inspirado na vivência comum. As expectativas que criamos aquando da paixão, são sempre elevadas, e as expectativas “lixam-nos”. São sempre grandes as desilusões advindas de esperanças.

Eu tinha a esperança e ousei pensar em escrever todos os dias. Passei para “de vez em quando” para o semanal. Agora parei por um tempo, embora cheio de vontade de escrever. É uma espécie de paixão adormecida. Que como qualquer relação amorosa digna desse nome, daquelas que se tornam rotineiras, daquelas que nos obrigam a pensar nelas, precisava de um “click”, de algo diferente que quebrasse a rotina. E teve. Uns tempos depois do ultimo artigo, ou “post”, aconteceu o inédito. Despertado por pensamentos que assolam a minha veia criativa enquanto corro, lembrei-me que um bom tema de regresso à escrita era este. O Amor. Que tanto apregoa quem o busca e tão mal o trata quando o tem.

Conheço quem ame sem respeitar, só porque acha que amar é saber o que é melhor para o outro. E amor sem respeito não é amor.

O egoísmo e o egocentrismo dos apaixonados, leva-os a cegarem na luz que pensam emanar de dentro para outros e para todos. Ficam assim como que vidrados na sua razão, que estando ausente, se torna em obsessão deprimida, de ânsia de atenção. É uma espécie de condutor embriagado que acha que os outros não conseguem manter um rumo certo.

Ao invés há-os racionais, que param, pensam, distribuem amor e carinho, atenção e compreensão. Seguram as pontas, mantêm as bases de retorno dos irracionais, quais balões cheios com hélio à espera que alguém lhes segure o fio que os mantém à distância de retorno sem esforço. São os embriagados que apanham os táxis.

Esquecem-se uns e outros que nem todo o racional tem o sucesso que espera, porque amor sem paixão é como chocolate sem açúcar, nem o tonto chega à plenitude da loucura, porque esta não é boa conselheira da estabilidade necessária no amor.

Não sei o que é o Amor, mas gosto muito de escrever.

A escrita é descoberta. O amor só o encontrei nas paixões. E sem paixão nunca vi o amor. Mas amor duradouro…

Nem conheço amor eterno nem mulher que o queira. Nem homem que o deseje.

Nem escrita esporádica nem escrita compulsiva. Vou escrevendo…

1 comentário:

  1. "O Amor. Que tanto apregoa quem o busca e tão mal o trata quando o tem". é exactamnete o q penso Rui....

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