Não se assustem com o título. Não é mais que uma breve descrição do que pode ser um treino em montanha, com um grupo de amigos, onde as horas passam a voar. Como ocupamos o tempo? Com conversas úteis.
Prova de vinho branco em Muro (Sr. António Alfaiate)
Com a aproximação da Ultra da Serra da Freita, havia que treinar, e muito. Assim fizemos quase todos os que nos inscrevemos naquela loucura. Nós, os privilegiados por morarmos tão perto de um local de uma beleza e dureza únicas, aproveitamos e treinamos no local da prova. Evitámos os percursos dentro do rio (deixámos as partes divertidas para o dia da prova) e percorremos trilhos, estradões e montes que, na sua maioria, não fazem parte do tracking da UTSF. Foi assim que, eu, o Carlos Natividade Silva (Mestre, grande Mestre) e o Meixedo fizemos 40 km na semana passada, e 40 na anterior (sem a companhia do Meixedo), culminando com um treino de 23 km na companhia do Miguel Santos. Mais de 100 km, 3 treinos na Freita em 2 semanas, com um acumulado superior a 12.000 mt. Treinámos tudo, desde subidas a descidas, em pedra solta ou molhada, em escombreiras, escalámos, saltámos, corremos e andámos. Treinámos também a alimentação em prova (essencialmente sandes de presunto, cachorros e panados), bebidas indicadas para regular os níveis necessários ao equilíbrio químico do organismo (cerveja branca ou preta, verde branco e alguma água), e convivemos com os (poucos) habitantes das aldeias por onde passará o UTSF.
A somar ao treino específico na Cordilheira da Gralheira, fizemos também assunto de tudo e mais alguma coisa. Dissertamos acerca da vida dos antigos mineiros (que, com a ajuda do “expert” que é o Meixedo, nos colocava na época), discutimos os rumos a dar ao País político, a necessidade de prevenir incêndios, a impossibilidade de cortar caminho na prova (ups), o excesso de bosta de animais dentro das aldeias e, como podem ver no título, os hematomas subungueais que adivinhávamos em cada pontapé numa ou outra pedra.
É o que o trail tem de melhor, o convívio entre amigos num ambiente de imenso verde, onde o final de cada dura subida nos proporciona imagens arrebatadoras, como a que podemos ver do alto da Coelheira, antes de entrarmos no Triho dos Incas. Faz-nos sentir pequeninos perante a natureza, percebendo melhor porque queremos sempre subir mais alto neste desporto apaixonante.
Póvoa das Leiras (40 km) vista do Trilho “A Besta”
Sábado haverá empeno garantido sob um sol abrasador. Mas assim uma coisa também é garantida: As vistas serão formidáveis!
Aproveitem bem o fantástico desenho feito pelo Moutinho e pela sua equipa (a “Besta” é um hino ao trail) e respeitem a montanha.
Até à Freita!
Lá estivemos, lá estaremos.
ResponderEliminarMeixedo.
Vocês é que a sabem toda! ;)
ResponderEliminarVenha a Freita carago!