terça-feira, abril 28, 2009

Gripe dos porcos

Vulgarmente conhecida como gripe suína, patologia que se coíbe de vir para este caos em que se encontra Portugal.

seus_porcos_8561

Como andam por cá as pandemias, nem os bichinhos aqui chegam. Mas com este piscar de olho a um novo Bloco Central (como se alguma vez nos tivesse abandonado), ainda vai aquecer o ambiente acima dos prometidos 70º que matam os bichinhos.

Eu aposto, que com o aproximar das altas temperaturas de verão, vão mudar o Terreiro do Paço para a Amareleja, terra conhecida pelos recordes de calor. Assim tão chegadinhos ultrapassam com certeza o limiar de resistência da “influenza”.

segunda-feira, abril 27, 2009

Correio publicitário

Andava há uns dias para publicar um texto acerca deste assunto. É incrível a quantidade de publicidade que nos colocam na caixa de correio. Com a quantidade de eleições que por aí vêem, acho que vou colocar o autocolante da praxe para quem não quer receber nada. O pior é que há coisas que até são interessantes, que ocupam espaço sempre útil no wc lá de casa. Sempre nos entretemos enquanto fazemos coisas pouco entretidas em si mesmas. Pode sempre evitar uma espreitadela à cor do produto expelido (os médicos aconselham…), embora ache inevitável olhar, pelo menos, para o papel (enquanto se dobra), ou conhecem alguém que o não faça?

Adiante, o certo é que deveria haver outra forma de seleccionar os panfletos e jornais publicitários, em lugar de os distribuirmos pelas caixas de correio dos vizinhos… 

Ou conhecem alguém que não o faça?

imagem_no_pub

domingo, abril 26, 2009

Liberdade

 

Nasci pouco antes do 25 de Abril, tendo apenas a experiência daí resultante, mas acho que nestes anos todos, em matéria de liberdade, regredimos. E porquê? Porque perdemos o sentido da palavra. Passamos da vontade de sermos livres ao exemplo de libertinagem. Irrita-me o facto de as pessoas acharem que a liberdade individual é superior à colectiva. Já não há o sentido do bem comum, diluiu-se no tempo. As pessoas acham que não têm nada a ver com tudo o que as rodeia. Já ninguém quer saber dos outros, vivemos cada vez mais fechados em nós e nos nossos, no nosso núcleo de família e amigos. Estamos a tornar-nos um povo egoísta. Éramos uma espécie de bairro antigo, uma Alfama gigante, ou uma Ribeira estendida. Todos nos preocupávamos com os nossos mas sem esquecer o comum. Tudo isso se perdeu para cada um, individuo.

O País está transformado num condomínio de luxo, onde todos entram pela garagem e só nos conhecemos pelos carros. As pessoas da manutenção que tratem do resto...

P.S.: Este texto foi publicado no Blogue Fio-de-prumo, como comentário a um post da autora do dito a respeito do tema. Como autor do mesmo tomei a liberdade de o colocar também aqui.

Pão com manteiga

Hoje volto à escrita. Volto às futilidades que aqui descrevo. Futilidades, não às opiniões. Acho que a blogosfera se tornou uma espécie de coluna do leitor, não auditada, o que no fundo é o reflexo de uma liberdade sem limites. Os limites somos nós mesmos, e eu, como nº primo, acabo agora uma semana em que simplesmente não me apeteceu escrever. Não me fez falta, nem a vós, que eu carinhosamente seleccionei para receberem esta crónica.

Ontem, depois do jogging, depois do banho e já depois de uma bela sopinha, deu-me para comer pão. Nada de anormal, não fosse o caso de eu pura e simplesmente, raramente o fazer. Comi 2 pães COM MANTEIGA! Lembrei-me de repente dos tempos em que era uma raridade em casa dos meus pais haver sequer manteiga. Somos 7 irmãos, comíamos uns 50 a 60 pães por dia, e, dizia a minha mãe, se houvesse manteiga, dobrávamos a quantia. Era pão a mais. Mas, de vez em quando, havia marmelada, geleia, doce de abóbora, e todas aquelas doçarias tradicionais que hoje nenhuma mãe sabe fazer. Mas de todas as iguarias, a que melhor me sabia era mesmo a manteiga. As coisas simples sabem sempre bem. Ontem, ao saborear tal petisco, lembrei os tempos em que a Tia Sílvia me fazia as torradinhas antes de ouvirmos o Terço no seu velho rádio (que ainda guardo). Lembrei os tempos em que, estando o pão “guardado” para não marchar todo de empreitada, fritávamos broa e a enchíamos de  margarina (o colesterol não se queixava…). Lembrei os tempos de Seminário, em que a manteiga se comprava na papelaria a 25 escudos o pacote. Soube-me lindamente.

Enfim, as banalidades dão sentido à nossa existência. Nós somos o nosso passado. A nossa tralha, o que trazemos de experiências vividas, de memorias, de afectos, é o que havemos de levar sempre, não podemos fugir delas. Nem mesmo dos hábitos mais banais e aos quais nem ligamos. Um dia mais tarde, ao recorda-los, havemos de lhes dar o devido valor.

terça-feira, abril 14, 2009

Ruptura

Ruptura com a morte, consequente Ressurreição. Ruptura com o fim-de-semana de Páscoa, consequente depressão. Ruptura com o Mundo, consequente mente sã!

Tá tudo doido!

Então não é que o Dr. Silva Lopes, renomado economista, parece que é ouvido por todos (não por mim), com a maior das atenções e deferências, recomenda (há já vários anos, mas repete-se) o congelamento de salários???? O curioso é que essa personalidade, só no ano passado, por meros 4 meses de trabalho como administrador do Montepio Geral, recebeu mais de 400 mil Euros! Se calhar o ideal, seria começar pelo próprio…

Acho que a figura também é socialista (lol), como muitos que para aí andam, que se dizem solidários (com o dinheiro dos outros). Os administradores da comissão executiva da Galp, receberam o ano passado, enquanto andava o Zé Povinho a contar os tustos para meter alguma gota no charolo, 1800 euros por dia!!! Pasme-se!

O Governador do Banco de Portugal, prestigiado Socialista, diz-nos que isto está no charco, que está muito mau, mas recebe 17.000 euros por mês!

Se calhar faziam melhor figura calados, se calhar não, faziam mesmo. Andaram a apregoar o fim da crise, mas afinal não tinham influência sobre a dita, era o mundo. Então para que é que abrem o bico? Pelo menos estejam caladinhos.

Ruptura com este estado de coisas vai ser mais difícil, mas, esperemos que alguém lá pelo Mundo nos ajude…

quinta-feira, abril 09, 2009

Tripalhadas

Este é o nome do meu outro blogue. Foi o primeiro que criei, só que fiz dele pouco uso. Acho que não coloquei mais que 5 posts na sua longa existência.

Agora iniciei um projecto ali explicado e agradeço que, quem queira, o aprecie e critique. A critica é essencial para quem quer evoluir e crescer.

A mim dava-me jeito que o fizessem.

Pode ser que resulte…

Elefante pintor

Parece que há um que o faz com mestria. Utiliza a tromba (outra extremidade provavelmente destruiria o pincel…) para pintar quadros, qual Picasso da savana, que depois são vendidos ao preço, simbólico, de 100€. As receitas angariadas revertem a favor do Parque Temático que o mamífero habita, parece que no Quénia. A notícia, fazia parte esta manhã do alinhamento da TVI 24. A ausência de temas mais interessantes, levou-os a procurar nos, famosos, documentários do National Geografic.

Eu aconselhava-os a debater antes o facto de nós, portugueses, devido à recessão económica, termos aumentado o consumo de atum, arroz e salsichas. Parece que nos últimos anos tínhamos andado a comer caviar e lagosta. Pelo menos, é essa a justificação para o aumento do consumo daqueles alimentos: A crise. Que nos põe de trombas.

Antigamente, dizem, com a fome provocada pela grande guerra, o alimento dos portugueses resumia-se a sardinhas e broa. Agora a sardinha está cara, a broa danifica o esmalte dos dentes e provoca prisão de ventre.

Se calhar, é melhor dedicar-mo-nos à pintura. Tromba já temos!

quarta-feira, abril 08, 2009

Prorroguem Senhores, prorroguem!

 

"Na sequência da sua decisão de 25 de Fevereiro de 2009, o Conselho de Administração do Banco de Portugal deliberou hoje prorrogar até ao dia 1 de Junho de 2009 a dispensa de cumprimento pontual de obrigações anteriormente contraídas pelo Banco Privado Português", explicou o Banco de Portugal.

O prazo estipulado a 25 de Fevereiro determinava que o BPP estaria dispensado de cumprir as suas obrigações até 14 de Abril.

Os clientes continuarão assim sem acesso aos seus depósitos, assim como quaisquer outras aplicações até dia 01 de Junho.”

Então e a malta não pode prorrogar nada?!?

Não percebo estes senhores que, no dia em que colocam ao dispor das varias instituições de crédito (será que o BPP também tem acesso?) uma base de dados para a consulta do nível de risco de particulares e empresas na concessão de crédito, fazem um anuncio desta natureza.

Então e a base de dados que alerta os depositantes para o risco de colocarem poupanças em algumas instituições por eles reguladas? Imaginem que todos nós invocávamos falta de liquidez para cumprirmos com as nossas responsabilidades. Eu não imagino é o BdP a autorizar um particular ou mesmo uma empresa a faze-lo. Prorrogar responsabilidades a um banco, faz-me pensar nas várias prorrogações que vamos tendo no nosso País a todos os níveis. O caso Casa Pia vem sendo prorrogado desde que começou, o Freeport vai pelo mesmo caminho, o Portucale já “quinou”.

Só o Zé povinho continua a pagar as contas aos credores (os que conseguem), a prestar contas à justiça e a votar sempre nos mesmos…

Estão-nos a prorrogar a democracia!

terça-feira, abril 07, 2009

Obrigado

toma

Obrigado à empresa de terras de Viriato que comprou a nossa empresa mais emblemática.

Eu nem quero imaginar as voltas que a malta teria de dar nas Caldas para comprar cerâmica que não fosse fálica.

Era uma pouca vergonha…

Lou%C3%A7aCaldasdaRainha

120%

É este o nível de endividamento das famílias portuguesas.

?! Desculpem, mas eu não acho normal!! Então a malta está mais endividada que o BPP e o BPN? Então os milhões para a Qimonda e para o BPN, que afinal estão falidos, não eram mais bem empregues para pagar parte da nossa dívida? É que não estamos a falar do País em geral, onde teriam que ser incluídas as dívidas do Estado e das empresas. Estes 120% são mesmo só o nível do calote das famílias.

Entre freeports e qimondas, mais bpn’s e bpp’s, isto está a ficar pior que sei lá o quê (linda comparação). O estado mete-se tanto na vida das empresas e dos particulares que qualquer dia queremos mudar de canal e temos de meter um requerimento simplex. Eu até acho que simplex, simplex, era mandar estes gajos todos para marte. Ou então, organizar outra luta de almofadas na baixa do Porto, mas, desta vez, para mandar umas bojardas nas trombas dos nossos governantes.

Está bonito, está…

segunda-feira, abril 06, 2009

Expliquem-me

Expliquem-me que eu não percebo.

Porque é que os anarquistas acham que devem destruir tudo o que lhes aparece à frente?

Como é que 23.000 polícias e militares não conseguem dominar 40.000 manifestantes?

Porque é que os gajos do PS acham que nós somos todos parvos?

Porque é que o Portas acha que só ele é que não gosta de bandalheira?

Porque é que os países teimam em olhar para o próprio umbigo, esquecendo que todos precisamos de todos?

Porque é que os anti-capitalismo e anti-globalização compram casa com hipoteca a 40 anos e aplicam poupanças?

Porque é que os Norte-Coreanos, que não têm cães nas ruas porque foram comidos para matar a fome, teimam em lançar mísseis nucleares?

Porque é que os americanos vão colocar escudos anti-mísseis na Europa? Então e o lado de lá?

Não me expliquem se não forem convincentes. 

sábado, abril 04, 2009

Mudei

Mudei o aspecto do blogue. Em primeiro lugar, porque o excesso de branco dá a ideia, errada, de imaculado. Em segundo, porque este modelo (mínima dark, para que se saiba), lhe confere o ar informal que sempre desejei para um livro de pensamentos. O blogue é mesmo isso, um livro onde expresso alguns pensamentos e deixo os amigos espreitar. Espreitar não, eu espeto é com os textos nas vossas caixas de mensagens. Caso o desejem, posso sempre anular o encaminhamento.

Mudei também o horário do jogging. Agora, quem me quiser acompanhar, deve deslocar-se até aqui às 7h. É que a mudança da hora faz com que, ao final da tarde ainda ande muito “maralhal” cá pela beira-mar, e, como o meu parceiro de corrida (o Lord: cão sem raça definida, um dos meus, que me acompanha na ginástica) acha que a praia é dele, enerva-se com tanta presença estranha.

Quanto ao resto, por enquanto, nada mudou.

Por enquanto…

O sexo e a cidade

Parece mal, mas hoje, finalmente, vi o filme. A série, essa, ocupou algumas das minhas horas de insónias em tempos idos. A justificação para só hoje é simplesmente o facto de ter dado esta semana num dos canais de cinema da televisão por cabo e eu ter gravado (esta modernice da Zon Box é fantástica…) para posteriormente apreciar.

O filme é uma desilusão. Apesar de se adivinhar tudo o que ele incluí, é de facto pobre em quase tudo, excepto no argumento. Se transpusermos os acontecimentos para quem quer que seja, o que  de certa forma acontece no final, aplica-se na perfeição. A mulher, por natureza, tende a complicar aquilo que, normalmente, sonha simples. Todas querem fugir com o príncipe encantado, para o país das maravilhas, nos sonhos. Dizem, quase todas, desejar apenas um amor e uma cabana, mas, no fundo anseiam a muito mais. Principalmente quando dissertam sobre a vida amorosa em grupo. Convenhamos que, 4 “gajas” juntas, tornam a vida num caos. Principalmente a das próprias. O filme mostra toda esta faceta feminina.

Tudo começa pelo simples procurar de uma casa de sonho. À 34ª tentativa descobrem a tal. O problema é que quem a compra é o namorado, facto que as amigas fazem o favor de transformar em futuro problema. Se um dia a relação acaba (onde é que eu já vi isto?…) a pobre ficaria na rua. Vai daí as amigas descobrem a solução ideal: casar!

O casamento, embora para o pobre do Big fosse secundário, transforma-se num turbilhão de preparativos para a cerimónia de sonho, que na realidade qualquer mulher (pelo menos a maioria) tem. Fotos para a Vogue, dois verdadeiros experts nos preparativos (o pormenor de serem gays é soberbo, quase que era original, mas para isso só se fosse uma velha solteirona…) e o aumentar permanente do nº de convidados deitam para segundo plano o drama que, entretanto, a relação de uma das amigas, Miranda, se transforma. A ausência de sexo (6 meses) levam o marido a traí-la.

Na véspera do dia D, aumentam as dúvidas do noivo acerca de tal decisão. O epílogo de tais sentimentos é o de, tão só, a deixar no altar. Sem perdão, quando o pobre se arrepende, a noiva desfaz-lhe o bouquet na cabeça e vai para o México mais as amigas carpir mágoas. Tirando o facto de a água local provocar diarreia, os acontecimentos na Lua-de-mel frustrada são mais fúteis que o resto do filme.

Tudo se torna previsível a partir dali, inclusive a password da caixa de mensagens criada pela secretária para as mensagens do namorado. No final vem a simplicidade, como deveria ter sonhado a própria, mas que, como mulher, complicou.

O curioso do filme, é que assistimos a um sem fim de coincidências com o que se passa à nossa volta. Tudo o que é simples sabe melhor. Mesmo nas relações, quando se imagina a perfeição, deita-se fora o que de melhor temos. A dificuldade que as pessoas têm em aceitar a felicidade em vivências tão diferentes das que são estereotipadas, é gritante. Por isso é que existem casais de homossexuais mais felizes que a grande maioria dos heterossexuais. Porque o estereotipado leva ao desleixo e ao desinteresse. Até o facto de se buscar a perfeição na relação, como acontece no filme com a Charlotte (quando deixa o tratamento para a infertilidade e adopta uma criança, engravida) faz com que se complique aquilo que deve acontecer naturalmente.

Hoje em dia, tudo tem de ser perfeito. Daí o mundo de desilusões em que vivemos. Olhem à vossa volta e vejam quantas pessoas, que vivem como se define como normal, são realmente felizes. Quanto a mim, muito poucas. Por isso, continuem a procurar a verdadeira felicidade, porque ela existe, e está onde menos se espera.

É como no filme, afinal e finalmente, o casamento é perfeito para o par, sem convidados, apenas assinando o contrato e fazendo um petisco com os amigos num vulgar restaurante.

 

P.S.: Os meus parabéns ao realizador, que apesar de todos os portáteis no filme serem Mac, ridicularizou o Iphone. Não que me dê qualquer prazer adicional, apenas porque aquilo me parece tudo menos um telefone. 

2º P.S.: A Jessica Parker é muito feiinha. Aquela verruga é horrível. E, por amor de Deus, aquele telemóvel rosa choque com brilhantes é mesmo piroso. 

quinta-feira, abril 02, 2009

Laços

Hoje vou escrever sobre a família. Família não se escolhe, já é velho o dito, temos a que temos e ponto. A minha é um espectáculo, do melhor.

Há quem considere que, quando saímos da casa dos papás, levamos as amarras e fundeamos noutro porto. Eu explico, senão ninguém percebe o que estou para aqui a dizer. Quando fundámos outra família a ideia é criar um núcleo como aquele que deixamos. Daí a malta fazer filhinhos, ter a sogra por perto (ou a mãe) para tomar conta das crianças, enquanto vão vivendo a bela da vida. Marcam-se férias com a nova família, vai-se ligando aos outros, mas já não é o mesmo. Agora as preocupações, as atenções e as reclamações desaguam em nós próprios. Não é o meu caso.

Eu, como bom leviano que sempre fui, não casei. Não tenho, ainda (que eu saiba), filhos, e, sinceramente, não é a minha principal ambição de vida. Acho que passava a ter, novamente, horários no frigorifico, tarefas na porta da dispensa, fraldas debaixo da cama e menos um lugar para adulto no carro. Não estou para aí virado. Se calhar porque tenho uma família, que nunca consegui largar por completo, cheia de tudo isso. Vivo em união de facto, não me apetece casar, e, enquanto me sentir como me tenho sentido nos últimos onze anos assim continuarei. Não que tenha nada contra quem leva uma vida de chefe de família, verdadeiro papá babado até ao dia em que venham as chatices e os desesperos. Até acho interessante, eu é que não tenho jeito.

Agora, devo dizer que tenho Pai, Mãe, 6 irmãos (2 raparigas e os restantes boys)  e 7 adoráveis sobrinhos (com idades que vão dos 17 aos 4), sendo que um deles é também meu afilhado. Acho que, por muito que aconteça, o sentimento de orgulho por os ver crescer e vencerem os obstáculos que se lhes deparam, faz-me pensar que não escolheria família diferente. Mantenho a distância de um Tio que está só de vez em quando, mas, sinto-me na obrigação de estar sempre que eles precisarem de mim. É tudo. E é a função mais adequada para o que eu quero da minha vida, função essa que não dá muito trabalho (sou preguiçoso), não dá noites mal dormidas e no fundo, no fundo, nos mantém como uma família muito grande. Como eu sempre tive. Enquanto tiver esta, sou feliz. E isso é o mais importante.

quarta-feira, abril 01, 2009

Cuidado…

Cuidado, muito cuidado se tiver que cobrar uma dívida. Quem sai para as fazer,  normalmente não volta. Ou volta num caixão.

Cuidado ainda, se for ministro e queira aprovar um qualquer outlet; lembre-se que ainda se pode tornar primeiro-ministro. Ou se foi promovido a ministro e a sua secretária tiver acesso a documentos que o incriminem no desporto de eleição dos poderosos: a fuga aos impostos. Caso não lhe atribua um cargo de relevância é bem capaz de ver os papeis das contas nos jornais sérios.

Cuidado se pedir a algum primo de algum ministro uma “cunha” para aprovar seja o que for. Ainda mete o primo, desconhecedor absoluto de todo o processo, em apuros.

Cuidado se escreve uma carta anónima assinada. Ainda se descobre o seu autor.

Cuidado, acima de tudo, se não for português e queira vir para cá viver. É melhor fazer primeiro um estágio na Sicília ou em Nápoles. É que isto por cá só está bom para os mafiosos. O nosso País está a saque e há que ser perito na arte do saque, senão fica a chuchar no dedo. Que por acaso é o que a grande maioria da malta faz: chucha no dedo…, ah! e, de vez em quando, voltamos a eleger a mesma cambada, senão a coisa não era tão animada.

Cuidado!