Ontem li nos jornais que o novo Ministro das Obras Publicas, numa visita ao Grande Porto, e quando questionado sobre os investimentos a fazer no Metro do Porto, falava em racionalização de recursos. Que o dinheiro é pouco e todo o investimento tem que ser muito ponderado e tal, e coiso…
O ex-Ministro Mário Lino, falava, em relação à localização do Aeroporto de Lisboa na margem sul, num território inóspito, numa terra sem gente nem infra-estruturas condizentes com um investimento daqueles. Resumia com um lapidar JAMAIS!
A expansão do Metro do Porto custa aí uns 100 milhões de euros. Hoje ouvi um anuncio de uma obra que ronda os mil milhões de euros, numa região que, chamou o governo, de “Pinhais do Interior”.
Deve ser um investimento Mota, daqueles que se chamam parcerias publico-privadas. São mais ou menos engenharias financeiras que querem dizer que fica muito caro para o erário público e é vantajoso para os concessionários.
Os milhões de habitantes de Oleiros, Proença-a-Nova, Ansião, Sertã e Vila-de-Rei, vão ganhar muita qualidade de vida com a nova estrada. O entusiasmo é tal que estão a mudar-se para aquelas bandas milhares de lisboetas, ávidos de estrada livre.
Nós por cá, como não temos pinhais, continuámos à espera que sobrem 100 milhões dos trocos aplicados. Dava jeito uma expansão da linha do metro, para que as populações fiquem mais próximas das escolas, hospitais e indústrias que por cá existem.
Ficámos à espera.
Como dizia Eça, isto não é um País. É um sitio muito mal frequentado.
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