Apesar de todos os cuidados e reflexões, parece que discutir seja o que for sobre trail fora da Assembleia Geral da ATRP enferma de legitimidade.
Esta ideia surgiu depois de vários acontecimentos que não adianta voltar a trazer à baila, e que desencadearam reacções extemporâneas entre pessoas que se respeitam, ou respeitavam, e que podiam e deviam ter sido evitadas por quem supostamente tutela os campeonatos. Ao contrário da ATRP, há outras entidades com tutela federativa sobre competições semelhantes que se mostraram abertas a participar no dito encontro e que encaram como válidas todas as discussões que possam melhorar o futuro das corridas em Montanha em Portugal. Não percebo como pode a ATRP colocar-se fora disto.
No último texto que escrevi neste cantinho, dizia ter falado com a ATRP sobre o dito encontro de organizadores, convidando-a a participar para discutir tudo o que engloba a competição, sua calendarização e organização. Foi-me comunicado verbalmente por um dos membros da direcção que a ATRP não participaria na dita reunião, por não achar oportuna, e por não achar que deva, a ATRP, discutir tais temas com os organizadores. Num "post scriptum" colocado no texto depois de alertado para o facto de o convite não ter sido dirigido formalmente, referi que o ia fazer. Recebi a resposta poucas horas depois. O Ex.Mo Presidente da Assembleia Geral (onde andará a Direcção?) declinou o convite, em nome de todos os órgãos sociais (?!?). Aparentemente a decisão terá sido "colegial", como refere. Curiosamente, 1 hora antes de me responder por email, respondeu a título pessoal, em forma de comentário ao referido texto, onde apela ao trabalho voluntário e colaboração com a ATRP - repto que aliás já me tinha sido lançado por um dos membros da Direcção e que eu e mais 3 pessoas aceitamos de imediato, mas que não teve consequência. A ATRP não se pode apenas impor por força de Assembleias Gerais nem por força de estatutos, como refere no extenso comentário o actual Presidente da AG da ATRP. Claro que a legalidade, estrutura e modo de funcionamento das organizações é legitimada por estatutos; claro que é na AG que se discutem pontos de interesse dos associados. Mas também me parece claro que há muito mais para ser falado entre as pessoas, principalmente entre organizadores, para que se possa defender um desporto tão recente e que carece claramente de regulação e de criação de pontes entre as várias entidades que o tutelam, promovem ou organizam. As organizações evoluem com debate de ideias. As próprias sociedades evoluem a partir da base e não dos órgãos administrativos que as regulam. Não é só na Assembleia da República que se discute o País. Discute-se todos os dias em iniciativas de grupos de cidadãos, não tendo de se por em causa a legitimidade democrática de quem os representa. A democracia faz-se falando abertamente sobre os problemas, e não creio ser descabido discutir-se o trail e as corridas de montanha num fórum que não seja o da Assembleia Geral da ATRP. Se assim fosse teria de ir também às Assembleias Gerais da Federação de Campismo que regula o Sky Running em Portugal e às da Federação de Montanha que regula outro campeonato. Até pela multiplicação de tutelas é pertinente este encontro de quem tem a força suficiente para liderar todo este processo. Parece que a ATRP prefere o caminho da integração na Federação de Atletismo e não quer de forma alguma discutir o trail enquanto se processa essa integração. Eu não sei se esse é o caminho ou não, mas quero discuti-lo abertamente.
Esta ideia surgiu depois de vários acontecimentos que não adianta voltar a trazer à baila, e que desencadearam reacções extemporâneas entre pessoas que se respeitam, ou respeitavam, e que podiam e deviam ter sido evitadas por quem supostamente tutela os campeonatos. Ao contrário da ATRP, há outras entidades com tutela federativa sobre competições semelhantes que se mostraram abertas a participar no dito encontro e que encaram como válidas todas as discussões que possam melhorar o futuro das corridas em Montanha em Portugal. Não percebo como pode a ATRP colocar-se fora disto.
É importante lançar definitivamente em 2016 um caminho para o trail. Não tenho qualquer interesse de poder, mas tenho interesse em que se discuta o que realmente importa. Tenho falado com muitos organizadores em paralelo, muitos deles com razões diversas sobre pontos de interesse comuns, mas que não discutem entre si o que realmente poderia melhorar as suas organizações. Deviam ter um interlocutor, que infelizmente não existe. Na maioria dos casos chegam uns aos outros pelo FB, ou num ou outro encontro informal quando participam nas provas de uns e outros. Está na hora de se encontrarem para discutirem o que há para discutir. Será então a 31 de Janeiro.
Quem é considerado organizador? Como é feito o convite para a sessão de 31 de Janeiro?
ResponderEliminarOlá Ana. Desculpe a demora na resposta ao comentário.
EliminarO convite é feito pela organização a pessoas que estejam já há algum tempo dedicadas à organização de provas de trail.