Valencia - Ultima noite
Já fui acusado de estar a curtir os ultimos cartuchos, mas não, estou mesmo é a preparar-me para dormir duas horitas e de seguida esperar que o avião da Iberia me leve até Lisboa.
Acabou mais uma semana de trabalho e mais uma bela e estafante Feira. Como de costume houve alguns precalços, como já descrevi, mas ainda não falei sobre o meu maior martírio nestas semanas de feira. Como prometido aqui fica um memorando em homenagem ao individuo que mais me castiga durante a semana de feira.
Ronco - Em português, ressonar.
Como é sabido, as unidades hoteleiras que estão perto dos recintos feriais, aproveitam-se destas ocasiões para equilibrar as finanças, subindo os preços. Por uma questão de, racional, poupança, decidimos que os nossos quartos deveriam ser partilhados. Ora, o meu companheiro de quarto é o n.º1 a ressonar. O ano passado dormi à razão de 2 horas, não mais, por noite. Este ano, na primeira noite aconteceu-me o mesmo. Na segunda fui comprar tampões para os ouvidos. Como não eram suficientes, tive que virar a cama ao contrário. Imagino o que sofrem as pessoas que têm de partilhar quarto com alguém que ronque como um animal portentoso em permanência. No caso de um casal deveria, inclusivé dar direito a divórcio. O nosso sono é de ouro porra! E o meu é, normalmente pesado, mas este meu companheiro de "habitacione", tem potência sonora. Imaginem que nem as tiras para dilatar as narinas do moço, (que comprei ainda em Portugal adivinhando o que me esperava), funcionaram! Este texto está a demorar tanto a escrever que ele já começou a aquecer os reactores! É como um avião em potência máxima prestes a levantar vôo, só que este mantém-se em terra. Eu desconfio que se por acaso algum dia este moço tenha de voar num daqueles hotéis voadores com cama na classe executiva, mandam aterrar por avaria nos reactores. É impressionante! O que lhe vale é que é bom moço, e a mim que são só 4 noites. Esta é a última, graças a Deus!
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