Coisas curiosas do meu dia...
Hoje passei por algumas peripécias que gostava de partilhar. A primeira foi o facto de ter visto no Restaurante onde fui almoçar (Grottini, em Gaia, junto ao El Corte Ingles) entre outras revistas disponíveis para leitura, um guia das Funerárias Portuguesas. Acreditem, foi meio caminho andado (tipo código postal), para me lembrar que um dia vou com os porcos, e imediatamente pedir um belo de um vinho tinto. Quando for, vou com muitos prazeres da vida, aquele também já ninguém mo tira.
Não vos aconselho aquele tasco para comida italiana. Se gostam vão antes ao Caruso, na Póvoa de Varzim. Tem uma Lasanha, (e não só), formidável. Quando me dizem que há um Restaurante italiano bom, faço questão de experimentar, mas, até à data, não encontrei melhor que o Caruso, passe a publicidade. E além do mais, diga-se que um Guia das Funerárias não é da melhor literatura para entreter antes de chegar a comida. E a lasanha era foleira.
Outra das curiosidades do dia foi uma notícia que li na Internet, que chega de um daqueles países tolerantes, que tem como Lei uma qualquer palhaçada religiosa inventada (ainda vou ser condenado como o Rushdie. O que vale é que tenho menos audiência…) por um ressabiado que achava que a mulher era electrodoméstico. Sim, a mesma lei, tolerante e moderna que o Hamas quer implementar na Palestina. A lei que diz que a mulher deve andar tapada na rua, não deve olhar de frente para outros homens que não o marido, não pode conduzir, nem fumar, nem beber o que lhe dá na gana. Nem pode dizer mal do líder religioso lá da terrinha. Casa com quem o Pai combinou, nem que seja de arrasto. Pode ser vendida pelo Pai, ou oferecida. Essa dita lei, que já condenou uma miúda, que foi violada, a pena de prisão por ter relações sexuais com um homem que não o marido. Parece que além da pena de prisão (5 meses), foi-lhe também imposto um castigo corporal. Coisa pouca, apenas 300 chicotadas para aprender a ter cuidado com quem a viola. Só pode ser o marido. Ah, e a violência doméstica é coisa que não existe por aquelas bandas. Por lá é um direito do homem e restantes homens da família, caso o moço esteja a precisar de ajuda, ou ache que se for só ele a bater, a coisa é muito leve. Afinal, os homens em grupo são sempre mais animalescos, tentam mostrar-se mais machos que os demais. Eles ainda acham a mulher um ser menor. Não se limitam a não as deixar votar, impedem-nas de viver em liberdade. Por lá ainda não se fala de direitos, elas ainda nem sequer têm deveres. São meros instrumentos de procriação e de uso doméstico.
Vai daí, uma idosa de 75 anos, recebeu em sua casa dois homens que não são seus parentes de sangue. Um deles, que foi por ela amamentado, levou-lhe algumas oferendas (pão, parece), porque, passava por perto e quis visitar alguém que considera como uma Mãe. Como ia com um amigo, achou normal que o acompanhasse. Um foi condenado a 5 meses de prisão e 50 chicotadas, o outro, o que não era para ali chamado, a 6 meses e 60 chicotadas. A velhinha foi condenada a 40 chicotadas!!!!
A sentença foi decretada por um Tribunal. As partes estão a ponderar recorrer a instâncias superiores. Visto assim, até parece normal. Pelo menos têm direito a recorrer.
Ainda há quem diga que os da Igreja Católica é que são intolerantes. Ou não, digo eu.
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