Numa espécie de trabalho árduo, as autoridades nacionais andam atentas aos factores de risco que podem gerar insegurança em Portugal.
As polícias, GNR e PSP, têm um departamento, ou umas equipas, que circulam com uns carritos que dizem “Escola Segura”. Mas à porta das escolas ninguém se sente inseguro à hora do lanche ou da pausa da manhã. Seria melhor se estivessem por ali à hora de saída, mas a essa hora os Srs agentes já saíram do emprego.
Passamos o ano a ler nos jornais, notícias que relatam acidentes mortais em tudo o que é estrada nacional, mas no entanto, eu que faço uns 70 a 80 mil km’s por ano, só vejo radares montados em Auto-estradas e Itinerários principais. Ou nas cidades durante o dia. Deve ser por isso que morre mais gente de noite e nas estradas nacionais: Pela falta de radares.
Para passarem à população um sentimento de segurança, as polícias, fazem operações com grande nº de efectivos, à noite, nas grandes cidades e acessos às médias. Só que os Srs Agentes saem às 7h. Os frequentadores das discotecas que se mantêm abertas para lá dessa hora têm menos probabilidade de serem fiscalizados.
Ora, ali para os lados de Celorico da Beira, um Sr. que, como eu, achava tudo isto, conduzia uma carroça puxada por uma burra, alcoolizado. Depois de uma perseguição, imagino, emocionante, foi detido para ser julgado.
A Juíza deu-lhe uma valente reprimenda. Alertou-o do perigo de conduzir alcoolizado, e disse-lhe que, se a burra fosse uma tentação, a vendesse. Multou o homem em 409 €. Três ou quatro dias depois da infracção. Célere justiça a dos tesos. Se tivesse sido um Ministro, ou um jogador da bola, tinha que ir à escola mais próxima, onde a PSP ou GNR poria um carro da “Escola Segura” para a fotografia. Pagar ninguém pagava nada e a Juíza mandava o infractor contratar um motorista.
Entretanto, com estas vicissitudes todas, criminosos apanhados em flagrante a violar mulheres indefesas, ou a roubar empregados dos CTT, são mandados esperar por julgamento. É preciso um inquérito, apresentação de testemunhas, peritos, avaliadores psicológicos, assistentes sociais, etc.
Muito mau mesmo é conduzir carroças alcoolizado.
Ainda por cima puxada por uma burra. Que tentação. Se o homem vender a burra, como sugeriu a Juíza, provavelmente vai ter que a puxar ele, e caso esteja alcoolizado, é multado na mesma.
Pobre é sempre pobre. E o País, pelo menos dos pobres, ainda está seguro.
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