Acho que anda tudo ao contrário. O acordo ortográfico leva-me a achar que tudo muda. É quase como se, de repente, mudassem o lado da condução. Passava a ser tudo à direita, com a prioridade à esquerda, circular à esquerda (o que já muitos fazem, e que passariam a fazer à direita), ultrapassar pela direita, etc.
Além do mais estou a chegar à idade em que tudo o que foi há 20 anos me parece ter sido ontem. Cheguei ao tempo em que os anos parecem meses, quando antes, os meses pareciam anos. Excepto nas férias. Esses meses nunca foram grandes.
Ora, como a resistência à mudança aumenta com os anos, estou com uma séria dificuldade em me adaptar ao dito. Mas anda para aí malta que até já se adaptou aos vícios linguísticos da juventude dos nossos dias. O “brutal”, o “rsrsrsrs”, o “xd” ou o “babe” já fazem parte do vernáculo que usam em tudo o que são redes sociais e mesmo na troca de sms’s, muito em voga nos dias que correm, ganhando ao escândalo do meu tempo que se limitou ao “fixe”. E mesmo este foi roubado para uma campanha eleitoral. Não estou a ver nenhum slogan do género: “Passos Coelho o Brutal Candidato, lol”…
Não concordo com o acordo e é-me difícil ter tempo para o entender. Fui “formatado” com outro software e já não estou a tempo de um reset.
Este blogue vai manter-se fiel ao português antigo.
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