Ontem alguém me perguntava que raio de feriado era o de amanhã.
Ainda há muita ignorância neste País, pensei. Mas, o mais assustador era que esse alguém é licenciado numa das "nouvelles" engenharias, com tiques de licenciado mas com cultura de analfabeto.
As conversas de café resumem-se a casas com segredos e vidas alheias, ninguém se dá ao trabalho de perguntar o ano de implantação da republica, nem da independência, nem sequer da restauração da dita.
A malta gosta é de nevões para ficar retido nas estradas e serem entrevistados pelos ávidos reportéres da desgraça, que enchem telejornais com tanta palha, que promovem a falta de instrução geral.
A informação económica, cultural e histórica fica para os canais de cabo, pouco acessiveis ao zé povinho. Deixam para os generalistas todo o lixo com que se possa encher a pouca dedicação intelectual do tuga.
As televisões, como o País, estão rendidas à fast-food mental. A obesidade intelectual é o caminho mais fácil. Como no trabalho, ou na educação, assim como na alimentação, o importante é encher de entulho.
Um povo informado e formado pode ser um empecilho para o lucro fácil. Pelo menos para o imediato. Contudo transforma-se num corpo obeso e pouco móvel, que dificilmente se adaptará a novos desafios e constantes mudanças.
O segredo está na história. E a nossa está repleta de sucessos nos tempos em que nem havia feriados, nem segurança social. A malta dedicava-se ao trabalho. Que é o que faz falta.
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