quarta-feira, março 27, 2013

Correr por prazer nos Caminhos de Santiago

Como alguns de vocês já sabem, vou em breve aventurar-me no Caminho português de Santiago.
Será uma aventura com mais 4 amigos, em que vamos fazer 5 maratonas em 5 dias, de 24 a 28 de Abril. Chamamos-lhe “Os 5 no caminho”.

5NC

Escrevo este texto para que compreendam a enorme honra que foi para mim receber tão grande distinção, entre tantos que podiam ser escolhidos, e para poder partilhar do porquê, embora sendo imensa a vontade, infelizmente irrealizável, de vos poder levar a todos connosco.

A ideia surgiu já há mais de um ano, no seguimento do desejo manifestado por alguns, em fazer o caminho. Logo na altura aflorámos a possibilidade de o fazermos em conjunto, com familiares e amigos, no fundo, a quem quisesse juntar-se à aventura, a caminhar, de bicicleta ou a correr. Rapidamente chegámos à conclusão que seria inviável juntar grupos tão dispares e com ritmos tão distintos, e que a logística inerente à realização de tal empreitada seria muito complicada de gerir. Assim, e por decisão comum dos intervenientes, ficou decidido restringir o grupo aos 5 que vamos correr e a um elemento do apoio logístico. É mais fácil de coadunar vontades e mais fácil o acesso aos albergues dos peregrinos, que como sabem, têm lotação limitada, bem como mais simples o apoio aos atletas.

Foi para mim uma honra enorme, a irrecusável proposta para acompanhar o Luís Pires, Carlos Natividade, João Paulo Meixedo e Vítor Dias em tão nobre e marcante epopeia.

Fui escuteiro e militar, ou melhor, sou as duas coisas, porque, uma vez feita a promessa de escuteiro, torna-se eterna, e porque quando passei à disponibilidade na Força Aérea, parece que ingressei num contingente de reserva até aos 45 anos e tenho alguma experiência em coisas que custam a fazer, mas que nos dão um prazer enorme em conseguir realizar. Tenho um historial de conquistas individuais que seriam inalcançáveis sem o apoio de muitos, mas sei que fazer “o caminho” sozinho seria praticamente impossível. Era um objectivo de há muito, mas queria fazê.lo com um grupo que me proporcionasse um sentimento de partilha muito forte. “O Caminho”, tal como a nossa caminhada na vida, apesar de poder ser penoso, ser propício a percalços, deve ser um caminho de partilha, introspecção, desfruto da natureza envolvente, uma espécie de resumo espiritual em pouco mais de 240 km. Quase todos os que o fazem, fazem-no com uma intenção forte, como os que peregrinam para outros destinos. Será seguramente uma das mais ancestrais peregrinações, oriunda de vários pontos do velho Continente, que desperta em crentes e não crentes, uma atracção que não se explica apenas na fé, mas numa vontade de conseguir chegar onde a humildade tem significado. Fazer tamanho caminho, se não for imbuído de um espírito de partilha, de resumo à condição de errante neste mundo cada vez mais orgulhoso e egoísta, perde significado. Ir a um local com tamanho significado espiritual, com estes quatro inspiradores amigos, é de uma honra e prazer que não vos posso, ou não sou capaz de descrever.

Senão vejam:

Luís Pires - 56 anos, tem quase 100 (!) maratonas, número que deve atingir este ano, tendo começado a correr aos 46.
Conheço o Luís desde que me inscrevi nos Porto Runners, há cerca de 3 anos. Já “fiz” com ele mais de uma dezena de maratonas e ultra maratonas. Por muito mau tempo que alguém faça, é o primeiro a valorizar o esforço, o primeiro a disponibilizar-se para ajudar alguém a fazer melhoria de tempos, a apadrinhar estreias, ou a incentivar para novos desafios. Para o Luís não há impossíveis.

Carlos Natividade – O Carlos quase dispensa apresentações. É um exemplar atleta e uma pessoa inspiradora. Há muitos anos neste mundo das corridas, tem maratonas feitas no tempo em que os que as corriam, não chegavam à meia centena. Tem um historial longo de corridas embrionárias das (imensas) actuais provas de trail. É contemporâneo do malogrado Sálvio Nora, pioneiro, com o José Moutinho, das provas de resistência em montanha.
O Carlos tem já 8 “Caminhos” realizados, ora de bicicleta, ora a pé, tanto no português como no francês e inglês. É escuteiro, mostra-o permanentemente num espírito de constante partilha e entreajuda. Faz a simbiose perfeita com a sua esposa, a quem carinhosamente trata por “Náná” (Fernanda) e que vai fazer o trabalho herculeano de apoio logístico. 

João MeixedoComo ele costuma dizer, um “aprendiz de feiticeiro” nestas coisas das corridas, mas que é já um experimentado maratonista. Com participações em Boston, Paris ou Adelaide, leva as sapatilhas para os sítios mais recônditos para onde vá. Já fez, sozinho, a travessia da Ilha de S Jorge, a meio de umas férias em família. É um apaixonado das corridas. Meu companheiro na mais apaixonante prova que fiz, a Ultra da Freita do ano passado, e que me acompanhou em muitas outras provas. Foi o homem do abraço em Sevilha. E aquele abraço significou muito, tanto quanto ele sabia que significava aquele tempo, apesar de pouco importar. 
Ateu, tem mais espiritualidade do que muitos apaixonados crentes. A racionalidade que emprega em tudo o que projecta e faz, é quase sempre traída pelo enorme coração e espírito de entreajuda que revela em cada atitude. Sempre disponível para todos, conseguindo ter, entre os inúmeros compromissos, o tempo que lhe é indispensável para a amizade. Incrível como consegue ter mais do que muitos apregoam, sem ter a necessidade de o mostrar. É a prova que a simplicidade só é possível nos que fazem simples, aquilo que complicadamente conseguem.

Vítor Dias – Padrinho de muitos nas corridas, também é o meu. É o principal responsável pelo que eu consegui fazer nestes últimos anos. Foi no seu site que me inspirei e suportei para dar o “passo seguinte” na corrida. Já sei que há muitos sites de corrida, mas só neste é que me foram incentivando e apoiando. O Vítor, desde o primeiro contacto disponibilizou-se para me acompanhar em treinos, prontificou-se a ajudar no planeamento da minha primeira maratona, levou-me para os Porto Runners (onde conheci tantos outros enormes atletas, enquanto seres humanos), fez questão de me acompanhar em muitos treinos e faz questão de o continuar a fazer. É um dinâmico companheiro, sempre disposto a apoiar o atleta de pelotão. Não há outra homenagem que seja mais justa fazer-lhe, senão dar-lhe este lugar de padrinho. Foi ele o responsável pelo meu salto, ao acreditar e fazer-me crer que tudo era possível com empenho e trabalho.

Como já referi, é uma honra enorme tentar acompanhar tão ilustres companheiros nesta nobre empreitada. Só espero ser digno de tamanha distinção.

Vamos então, ao “Caminho”!

sexta-feira, março 22, 2013

O outro lado dos Trilhos do Paleozoico

Agora, quase uma semana depois do evento, já com as pernas recuperadas de mais um empeno, resta a recordação de 5 dias preenchidos na ultimação dos trilhos que foram percorridos por largas centenas de atletas e caminheiros. Coube-me desta vez experimentar o outro lado das provas, o lado do frenesim constante para que nada falhe, o lado do stress estampado na cara do Director da prova, o lado das reclamações de quem participa e o lado da impotência perante factos consumados que não se conseguiram evitar, como a desagradável notícia de uma atleta que, infelizmente partiu a tíbia.

É digno de louvar o trabalho de quem se decide a montar tamanho “circo” quase sem apoios. Já o disse, volto a referir, o Luis Pereira e o Asdrúbal Freitas fizeram o milagre de, numa Serra que todos pensávamos conhecer, nos surpreender com trilhos fantásticos, abertos por eles, à mão, como pude testemunhar, quase sempre com uma tesoura de podar e uma sachola. Não se limitaram a marcar um percurso em estradões e trilhos existentes. Procuraram beleza que todos pensávamos não existir, e proporcionaram-nos uma nova prova que, esperemos, subsista por muitos anos. E pelo que vi, ainda há muito para mostrar.

Desde há uns meses, quando começaram os preparativos para a prova, organizaram treinos nos trilhos para que, quem se quisesse ir ambientando aos percursos, à dureza de algumas subidas, e também para ajudar a manter limpos e calcorreados os trilhos abertos, o pudesse fazer.

Disse na altura ao Luis Pereira que, ou me inscrevia e fazia a prova, ou lhe dava apoio no que fosse necessário. Claro está que tive de lhe ligar na véspera de começar a marcar os trilhos. O Luis é assim, reservado, sempre disposto a dar, mas pouco disposto a pedir. Andou até à última para apelar por voluntários para os abastecimentos, depois de lhe roerem a corda os que se tinham comprometido a fazê-lo.
Mesmo depois de começarmos a marcar trilhos, teve sempre alguma relutância em colocar nos ombros de outros a árdua tarefa de se certificar que nada falharia. Nada falhou, graças a todos os que colaboraram, e também graças a ele, que quando via um troço mal marcado, desmarcava e marcava sem o referir.

Na véspera da prova, depois de colocarmos marcações nos trilhos mais próximos de zonas habitacionais, eles voltavam a desaparecer. No dia da prova, o Marco Silva, Asdrúbal Freitas e o Miguel Catarino, foram para os três terços da prova para se certificarem que tudo estava marcado em condições. Os diversos voluntários, quase todos ligados à corrida, espalharam-se pelos diversos abastecimentos para assegurar o bom funcionamento de todos no apoio aos atletas. Nada faltou. Quando o Luis se apercebeu que podia faltar abastecimento em Couce, foi a um hipermercado nas redondezas e rematou literalmente tudo o que eram bananas, laranjas, água e coca cola. Rapidamente, e sem que ninguém chegasse a sentir falta de alguma coisa, chegaram os víveres aos abastecimentos.

Houve falhas? Claro que sim. Só não erra quem não trabalha. Mas ficou a sensação de dever cumprido, a sensação de que, tudo o que podia ser antecipado o foi e correu bem.

Na análise à participação de todos, depois de 2 dias a tirar fitas nos trilhos, devo enaltecer o civismo e urbanidade com que todos trataram a natureza. Foram poucos os invólucros de géis e outros lixos habituais que encontrámos.
Houve colaboração de todos com os membros da organização e houve bom senso e paciência de todos os que colaboraram.

Fica a vontade de voltar a participar, seja na organização, limpeza de trilhos, marcação ou a fazer vassoura, como fiz em metade da prova, tendo-a deixado ao Rui Barbosa para dar apoio em Couce.

Parece-me que os Trilhos do Paleozoico são já a prova de referência no Porto para quem se quiser aventurar em provas de trail em distâncias ultra. Uma prova de 43 km que passa por três serras (Sta Justa, Pias e Castiçal), com desnível acumulado de mais de 4000 mt, com passagens por linhas de água, single tracks, enormes paredes e descidas menos íngremes e mais longas. Quem não teve oportunidade de fazer a prova, aproveite e apareça num dos muitos treinos que se organizam ao longo do ano.

Obrigado ao Luís por me proporcionar a oportunidade de viver por dentro o reboliço da organização de uma prova, até ao descomprimir do “arrumar da casa”. Fiquei com a bela sensação que ganhei mais respeito por todos os que se esforçam por pôr uma prova de pé. E ganhei uma admiração especial pelo espírito altruísta de muitos atletas do trail, que abdicam de competir para apoiar. É como na montanha, um amigo que precisa da nossa ajuda, e que a tem antes mesmo de a pedir. Assim é que é bonito. Este é o nosso espírito, dos que fazemos trail. Estamos lá para proveito próprio, mas sem passar por cima de ninguém, e abdicámos do melhor para nós, pelo bem de mais alguns.

Bem hajam!

sexta-feira, março 15, 2013

Trilhos, placas e fitas

 

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“Ninguém te encomendou sermão”, dizia a minha avó, transmontana de palavra fácil e directa e que habitualmente me colocava assim no lugar, quando me atrevia a falar sem que nada me perguntassem. 

Vem isto a respeito do que andei a fazer nos últimos dias, com o Luís Pereira, Asdrúbal Freitas e Marco Silva. O Luís, que com o Asdrúbal e ajudas pontuais de algumas pessoas, tem desbravado mato e traçado trilhos nas belas Serras de Pias, Sta. Justa e Castiçal, (que juntas formam a popular Serra de Valongo), para poder proporcionar aos mais de 1000 atletas que se vão aventurar na 1ª Edição dos Trilhos do Paleozoico, excelentes momentos de divertimento e aventura na natureza. Temos aqui um excelente espaço, com potencial para o trail, muito próximo do Porto, com excelente oferta de transportes, que provam que para fazer trail, não é necessário ir para recônditas serras do País, nem gastar muito mais que uma mera viagem de autocarro.

Os trilhos estão a ser marcados desde há alguns dias com placas indicativas, sinalização pintada em estrada, placas de alerta e com as habituais fitas de marcação de percurso. 
Todas as provas fazem alertas de segurança sobre os trajectos, (esta também o faz, leiam o regulamento), especialmente as provas de trail, e particularmente as que se desenrolam em ambientes onde os perigos espreitam onde menos se espera. Diz-nos a experiência, que nestas provas junto às grandes cidades, há sempre alguém que se aventura para experimentar uma nova vertente de corrida. Devem ter em atenção que a Serra de Valongo é constituída por escarpas, fragas (com enormes poços) e trilhos com inclinações às vezes superiores a 20%. É muito provável que chova, por isso devem usar calçado adequado e irem munidos de um impermeável, ter uma manta térmica na mochila de hidratação e algumas barras energéticas. Apesar de não fazerem parte do material obrigatório (telemóvel e reservatório de hidratação), estes artigos que referi podem fazer a diferença, caso haja algum imprevisto num trilho onde o acesso dos meios de apoio sejam mais demorados, ou mesmo serem fundamentais no caso de encontrarmos algum participante em dificuldade. Na montanha os cuidados nunca são demais.

Apesar destes meus alertas, fica o meu testemunho de que tudo está a ser acautelado, para que nada falhe.

Assim, e para vos poder passar a imagem do que vão encontrar na prova, deixo-vos algumas imagens da sinalização dos percursos.

 

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Fitas que marcam o percurso

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Quando vires esta placa, volta para trás. Indica trilho errado.

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Placa que indica trajecto para os 43 km. Existe outra para os 16 km.

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Placa indicativa do percurso

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Fita na horizontal para alertar para percurso.

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Esta sinalização não é da nossa prova.

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Setas que ficaram, indicam o mesmo trilho, mas não pertencem à prova.

 

Não olhem só para o chão, há perigos que espreitam ao nível da cabeça. Apesar do cuidado que o Asdrúbal e o Luís tiveram na limpeza dos trilhos, há sempre obstáculos mais difíceis de transpor, se assim não fosse perdia a piada.

A organização, que embora pareça de muita gente, é uma empreitada digna de louvor do Luís Pereira e do Asdrúbal. São dois enormes campeões, que correm muito e são dos melhores a nível nacional, e que conseguiram transpor para esta organização o nível de excelência que têm como atletas.

Parabéns a todos os que colaboraram com eles, patrocinadores à cabeça. A vossa aposta foi acertada.

Boa prova a todos!

segunda-feira, março 11, 2013

Vontade de correr

Não que ainda não tenha corrido hoje, nada disso. Já fiz um treino de pouco mais de uma hora, 13 km para recuperar activamente da porrada literal que levei no Sábado, num louco treino de 30 km, entre a Póvoa de Varzim e Matosinhos, num desafio ao vento que soprava de frente a mais de 60 km/h. Ali para os lados do Cabo do Mundo, começou a dar-me mais vontade de andar do que de correr. O paciente Kim Lopes, lá me acompanhou até ao fim, ao meu ritmo. É fantástico como há quem faça maratonas abaixo das 2h50, e mesmo assim tenha paciência para aturar tartarugas... Fantástico!Entretanto, hoje, vejo este vídeo e dá-me uma vontade louca de voltar a calçar as sapatilhas, sair porta fora e correr sem que nada se transforme em obstáculo.É este o espírito do trail. Nada, mas mesmo nada nos detém. Há monte? Sobe-se!Há rio? Atravessa-se nem que seja a nado!Há coração? Corre! Corre! Corre! Serra os dentes e corre!Livre, tu e a natureza. A simbiose perfeita!

sexta-feira, março 01, 2013

Ultra Trail “Ad Hoc”

O termo “ad hoc”, do latim, é normalmente utilizado para justificar uma especificidade que varia do significado normal do acto, ou experiência. Neste caso, será um Ultra Trail, que se distingue dos demais por não ter, nem partida em conjunto, nem chegadas ao sprint, sob pressão de tempos cronometrados para a geral, sem aglomeração de atletas, e sem sequer um trajecto para percorrer. O que a distingue das demais corridas é precisamente o facto de os atletas escolherem além do trajecto, tempos de descanso, paragem e abastecimentos, escolherem também a hora de saída, tendo uma janela para o fazer de 12 horas na Ultra, ou de 3 na distância mais curta, desde que respeitem o tempo limite de prova. Claro está que o tempo de prova só começa a contabilizar a partir da saída.

refúgio

Estou a falar da Ultra Trail Picos da Europa que se vai realizar no final de Julho, nas distâncias de 120 ou 50 km, e cujo tempo limite será de 50 horas para a distância mais longa, ou de 25 para a mais curta. A corrida é feita em par, em regime de autonomia total, com possibilidade de ter nos pontos de controlo (refúgios de montanha) outros elementos ligados à equipa, que possam fornecer equipamento, abastecimento ou outros apoios que sejam necessários. Podem-se utilizar mapas, gps, bússolas, ou outros elementos de apoio à orientação no terreno da prova.

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Será com certeza uma prova de sonho, com imagens e momentos espectaculares, num ambiente único, diria mesmo de sonho, para se fazer uma prova extrema, em que o apoio é o companheiro de equipa.

432px-Carlos_de_Haes_-_Los_picos_de_Europa

Arrisco-me desde já a organizar uma equipa de apoio para quem se atrever a inscrever-se na prova.

Quem se atreve?