Há quem ache o simples acto de ir beber um café um vício. Eu, enquanto adicto de cafeína, não tenho tal ideia. Acho que o dedo no nariz substituiu definitivamente a bica e o queque.
Não sei qual dos dois vícios será pior, mas andar pela rua fora a escarafunchar orifícios que não o devem ser em público, não me parece nada social. Ao contrário da cafeína, as bolas que fazemos dos macaquinhos que extraímos dos orifícios nasais, não nos fazem despertar, nem tão pouco nos proporcionam conversas de circunstância. Tentem observar o gesto mais repetido pelas pessoas enquanto esperam que o semáforo passe a verde e vão ver que uma grande percentagem limpa a "penca". Em período estival, usa-se muito o tirar o macaco e, com o braço bem de fora, formar a bola até que caia.
Caso se desloquem em transportes públicos, o acto mais repetido deverá ser o de coçar partes íntimas, ritual tido como obrigatório para não se ser assaltado. Ou então, deverá pôr de parte o uso de qualquer desodorizante, viajar de pé e agarrar-se a um varão bem alto.
Nos autocarros, caso encontre alguém conhecido, fale bem alto, para que todos possam ficar a conhecer um pouco mais de si.
Como estamos em época balnear e há pouco disto na rotina normal, como qualquer "socialite", desloque-se a uma praia, que os hábitos sociais se mantêm por lá.
Tirar macacos do nariz, coçar os tomates, mijar na água e mandar os meninos fazer o mesmo (se for necessidade sólida, fazem num balde de brincar com a areia e depois enterram), depois de esvaziar a geleira, são os vícios mais vistos pela orla costeira.
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