terça-feira, junho 30, 2009

Gay pride

Assim em inglês, até nem choca tanto. Parece que, felizmente, ainda não transformaram o dia em feriado, ou que obriguem alguém a comemorar. Mas começa a ser preocupante a quantidade de gente que aflui a tal desfile; são sempre mais que os votantes nas eleições europeias, a julgar pela moldura humana presente nas várias capitais europeias.

Isto porque hoje, ao ver o anuncio de um dvd colocado no mercado, de um filme premiado pela Academia de Hollywood, me lembrei da receita para receber um Óscar: fazer um filme cujo argumento se baseie numa historia gay. A ver por todos os mais badalados filmes que se baseiam em tal orientação, que, quase sem excepção, foram premiados com a estatueta. Não tenho nada contra, mas os filmes são mesmo fracos. E dois homens juntos num acto sexual é mesmo bastante estranho, senão repugnante. Chamem-me homofóbico, mas mesmo nos filmes as cenas se tornam um pouco chocantes. Por exemplo, acho que o filme Brokeback Mountain deu uma péssima imagem da pesca. Nunca mais dois amigos irem à pesca terá o mesmo significado.   

Mas adiante, eu temo é que qualquer dia transformem a sociedade e os humanos numa espécie de novelo enrodilhado, que de tão ensarilhado, perde, por não ter sentido, a sua utilidade e finalidade.

Fica o consolo de, como diz o outro, “um gay é menos um concorrente e ainda ocupa outro…”

Desculpem os gays, (conheço alguns, por acaso gente impecável, na sua grande maioria, se bem que, conheço mais heterossexuais e não deixam de ser impecáveis por isso) mas quando passam a desfilar e a fazer da sua orientação sexual uma afirmação, deixam de ser normais para passarem a ser uma espécie rara que se acha sempre desprezada e diminuída, com tiques de quem se acha no direito de tudo e mais alguma coisa. Acho que deveriam, em primeiro lugar, assumir que as opções de vida das pessoas têm consequências. Não podem querer ser diferentes e não dar às pessoas o direito de comentarem a diferença.  Nem acho que tenham que desfilar para terem direito à diferença. Podem ficar por casa.

7 comentários:

  1. Não gosto de bichonas.
    Chateiam-me os casais que se exibem sem pudor, com o intuito de chocar e provocar os outros. Sejam hetero ou homo. Chama-se atentado ao pudor e está até consagrado na lei.

    A NOSSA LIBERDADE TERMINA ONDE COMEÇA A LIBERDADE DOS OUTROS.

    Entendo o objectivo do Desfile Gay.
    Ele pretende mostrar à sociedade que esta realidade existe, que é uma comunidade crescente, unida, que pretende ser reconhecida e ver reconhecidos os seus direitos… e deveres.

    Tem razão de ser. Tal como tiveram as iniciativas de libertação dos negros, de emancipação das mulheres. Aqueles durante longos tempos foram tratados como animais, aquelas como seres menores.

    Para hoje serem considerados de igual para igual, uma grande luta foi travada, feita de pequenos e grandes passos. Entre os quais manifestações deste tipo.

    Era repugnante para muitos ver um negro num banco de autocarro nos Estados Unidos. As mulheres eram um mero auxiliar do homem, a ele submetidas. Isso era o normal. Outra realidade seria anti-natural, repugnante.

    Sim, é-me estranho ver manifestações de carinho entre homossexuais, mas essa estranheza não me dá o direito, nem devia dar à sociedade (acho), de lhes vedar direitos e de lhes faltar ao respeito.

    Até que ponto é a heterosexualidade a norma natural e não uma norma aprendida, imposta desde o início da vida como a normal, a natural? Qual seria o caminho, caso o modelo estivesse em aberto?

    Existe homosexualidade para além da espécie humana, ao contrário do que se diz por vezes.

    E porquê a repugnância do sexo entre dois homens e não a repugnância entre, apenas, duas pessoas do mesmo sexo? Sexo entre mulheres também é homossexual. Será por ele fazer parte do imaginário masculino e assim já ter “piada”?!

    Sim, para alguns será moda, será uma forma de chocar… para outros poderá resultar de diferentes constituições hormonais, sei lá. Ou porque simplesmente acontece, por opção. Simples capricho?
    Talvez, por vezes. Mas é um capricho com um preço muito alto a pagar, não?!

    E quais serão as consequências que daí deverão acontecer e terão então que assumir?
    Discriminação no trabalho? No café? Na rua? Faltas de respeito, ingerências na vida privada, piadas jocosas, gozo permanente? Marginalização do próprio, da família e dos amigos, que leva a tensões e a isolamentos por vezes dramáticas, insuportáveis?

    Consequências que muitos homens de família, respeitáveis, (e mulheres, não?!) evitam a todo o custo mantendo vidas falsas, paralelas.

    Ausência de direitos (sucessórios p ex) quando o companheiro morre, depois de por vezes uma vida inteira em comum? Impossibilidade de ser tratado como companheiro/a quando o/a companheiro/a está no hospital, no que respeita a direito de visita?
    E todos os outros direitos que decorrem da vida de um casal?

    Estes cidadãos pagam os seus impostos, têm o direito a exigir que o Estado faça cumprir os seus direitos… e a ter a possibilidade de cumprir as suas obrigações. Têm direito ao bom nome. Nem todos são bichonas. A maioria não será. A maioria viverá uma vida discreta, mais ou menos rotineira, sem chatear ninguém… e com este estranho desejo (acham eles legítimo, imagine-se…) de que não os chateiem também.

    Temos p ex Alexandre Quintanilha (http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre_Quintanilha) cientista no Instituto de Biologia Molecular e Celular, no Porto e,Richard Zimler, escritor. Têm uma relação há mais de 25 anos.

    A sociedade tem o dever de os respeitar, a não ser que eles não se dêem ao respeito. Tal como acontece com os heterossexuais. Tem o dever de reconhecer a sua condição e os seus direitos e obrigações. Pode até ser-lhe estranho. Mas essa não é razão para lhos continuar a vedar.

    Bom, mas isto também não interessa nada.
    Isto só acontece aos outros, não é?

    É problema DELES e DOS DELES. Não acontecerá NUNCA A NÓS e AOS NOSSOS… pois não?!

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  2. Dear Brown:

    Eu não coloco posts ofensivos, nem tão pouco que coloquem em causa a liberdade de cada um. Tenho é o direito à minha opinião, que por vezes diferente ou mesmo politicamente incorrecta, não deixa de ser apenas uma opinião.
    Não coloco nunca em causa o respeito pelos homossexuais, nem os direitos que reinvindicam. Mas também não o faço em relação a quem está desempregado, direito constitucional, ou quem não tem casa, e por aí fora que o nosso país é prodigo em desrespeitar os direitos de cada um.
    Discriminação? Quem nunca foi discriminado na vida? Por ser de direita, ser gordo, ser feio ou gago? Ou comunista, muito magro e fanhoso? A discriminação é comum a toda a sociedade. E há quem se ponha a jeito, fazendo de tudo para dar nas vistas, para chocar, para ser diferente, não porque sejam mas porque gostam de chocar.
    Agora o gay pride comparado às lutas de libertação dos negros, parece-me uma comparação exagerada, até porque nessas lutas, o que estava em causa não se coloca em relação aos gays. Que eu saiba ainda não há wc's separados para gays, ou entradas diferenciadas para as diferentes orientações sexuais nos cinemas ou nos serviços publicos. Querem mais o quê? Deixar os trapinhos ao companheiro? Façam um testamento!

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  3. P.S.: Já agora, como nem todos os homossexuais são bichonas, também nem todos os heterossexuais têm no imaginário essa das duas mulheres. Essa é a ideia discriminatoria, a de meter tudo no mesmo saco. Já agora, também conheço (como referi no post) alguns homossexuais que não se identificam com aquela espécie de libertação das bichas em que se tornou o gay pride. É um desfile de bichas, não é uma luta por direitos.

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  4. Olha, sabes que mais? Peço desculpa pelos meus modos. Devia ir pregar para outra freguesia. Ou deixar-me de pregações.
    Dedicar-me à pesca... bom, isso tb não... bordados?!
    ;)
    Continuação de bom trabalho no blog

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  5. Olá amiga Brown,

    Não tens que pedir desculpa, como eu não tenho, porque nenhum de nós ofendeu fosse quem fosse. Pelo menos nem sequer tentamos.
    Eu tenho aquela opinião sobre o gay pride, partilhada com muitos amigos que são, assumidamente, homossexuais. Sabes, eu, como tu como todos nós, já senti na pele discriminação. Seja por ser católico, por ser benfiquista em terra de portistas, seja porque tolerava coisas que ninguém tolera. Na vida todos somos sujeitos a avaliações acerca das nossas orientações, e, ou opções. Chama-se a isto viver em sociedade. Contudo, todos devemos ser tolerantes. E eu sou. E acredita que, caso houvesse uma qualquer proibição de um desfile gay ou de outra coisa qualquer, eu seria o primeiro a insurgir-me contra. Mas a opinião acerca do desfile em si, mantenho-a. E peço desculpa pelas susceptibilidades atingidas, caso não tenha esclarecido convenientemente. Mas um blogue é mesmo isso, um espaço de opinião que se quer partilhar com o mundo. E, felizmente, é um espaço de livre opinião e onde a critica é sempre bem vinda. Tu também.

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  6. perde-se tempo com cada coisa !

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  7. Pois perde. E vai-se ganhando maturidade e experiência para podermos seleccionar as coisas mais importantes. :)

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