São fatos desconectados de historicidade jornalística, ou seja, referem-se apenas ao seu carácter interno e seu interesse como fato inusitado, pitoresco.
É este o significado da expressão francesa.
Enquanto navegava pelas páginas do ciberespaço, dei com vários. O que mais me espantou foi o facto de as reportagens mais lidas no site de um dos jornais lideres em audiência no nosso País, serem as referentes aos assuntos mais parvos e pitorescos de uma sociedade que já se alheou completamente da realidade que a possa afectar.
Com larga vantagem, estava a noticia que dava conta do incêndio que devorou o carro do marido de uma conhecida apresentadora.
Em segundo vinha (com pouca vantagem sobre a notícia de uma prostituta querer mudar de vida) a notícia de uma actriz internada compulsivamente numa ala psiquiátrica por ter atacado a avó à facada.
Por fim, em quarto lugar, destacava-se uma peça que narrava a vingança de uma amante ofendida, que ao saber que o “moço” que frequentava a sua cama era casado, atraiu-o para um Motel e, à boa maneira de Hollywood, colou-lhe o pénis à barriga. Chamou outras três ex-enganadas e celebrou a vingança.
Ninguém se preocupou com o País, a política que temos ou o orçamento que nos vai governar. Nada.
Continuamos como até aqui.
Assobiamos todos muito bem e queremos saber o que vai em casa da vizinha.
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