O presidente da associação de bancos defende um aumento de impostos para que Portugal recupere a credibilidade.
Para darem o exemplo, diz que vão subir os spreads, devido à subida dos juros na fonte.
Defende-se dizendo que a rentabilidade dos bancos desce continuamente, à medida que cresce a taxa de juro que pagam aos financiadores estrangeiros.
Eu, como contra-medida, acho que se deve aplicar aos bancos, com efeito retroactivo e imediato, um taxa excepcional de 40% sobre os lucros do último ano. Acho que não se deve tributar mais os lucros de 2008, visto que foram anormalmente baixos.
Com a lata destes senhores aplicada no Ministério das Finanças, faziam-se actos de gestão do tipo: Partir o porquinho das poupanças das prendas de Natal, para pagar ao merceeiro.
Porque raio é que esta gente acha que deve continuar a assobiar para o ar, a mandar bitaites para a comunicação social, e anunciar reiteradamente lucros que nos fazem corar de vergonha, quando confrontados com a miséria crescente em Portugal?
Quem me conhece sabe que não sou propriamente defensor de radicais medidas de ataque ao capital. Talvez por medo do desconhecido, por sentir que o capitalismo em que vivemos é o melhor sistema, que permite uma razoável humanização da sociedade, que faz com que as pessoas possam sonhar sem achar que os sonhos são inatingíveis. Mas assim, com quem se aproveita de um sistema que deveria servir a todos, para, cegamente, buscar forma de agradar a alguns, temo que a democracia esteja em risco.
Pena é que tudo aqui seja importado, até as revoluções. Devíamos ficar pelo dinheiro…
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