terça-feira, junho 30, 2009

O vizinho português

Michael Jackson tinha um vizinho português? E daí?

A RTP enviou um jornalista a Los Angels, para cobrir os desenvolvimentos à volta da morte do artista. Como não há desenvolvimentos, e à falta de melhor motivo de notícia, foram procurar saber se o homem era bom ou mau vizinho.

Entre “cycling’s e neighbour’s”, o jornalista, numa espécie de recuperação da notícia do cão português, tentava a todo o custo que o dito homem se recordasse de se cruzar, talvez num passeio de bicicleta, com o falecido. Ora com a falta de memoria (ou de imaginação) do seu interlocutor, rapidamente o jornalista passou a descrever o trajecto do dito Sr. em direcção a Santa Barbara, “County” famoso pelo PIB per capita, dos mais elevados da América.

Só que eu, a julgar pela imagem abaixo, acho que o MJ não deveria ir para a pista de “cycling” para praticar o popular desporto. O jornalista é que não acha o mesmo.

Podiam já agora, ter ido ao cabeleireiro lá da zona; ou à mercearia. Nesses lugares é que se encontram os vizinhos…

Mas pronto, faltava notícia…

Gay pride

Assim em inglês, até nem choca tanto. Parece que, felizmente, ainda não transformaram o dia em feriado, ou que obriguem alguém a comemorar. Mas começa a ser preocupante a quantidade de gente que aflui a tal desfile; são sempre mais que os votantes nas eleições europeias, a julgar pela moldura humana presente nas várias capitais europeias.

Isto porque hoje, ao ver o anuncio de um dvd colocado no mercado, de um filme premiado pela Academia de Hollywood, me lembrei da receita para receber um Óscar: fazer um filme cujo argumento se baseie numa historia gay. A ver por todos os mais badalados filmes que se baseiam em tal orientação, que, quase sem excepção, foram premiados com a estatueta. Não tenho nada contra, mas os filmes são mesmo fracos. E dois homens juntos num acto sexual é mesmo bastante estranho, senão repugnante. Chamem-me homofóbico, mas mesmo nos filmes as cenas se tornam um pouco chocantes. Por exemplo, acho que o filme Brokeback Mountain deu uma péssima imagem da pesca. Nunca mais dois amigos irem à pesca terá o mesmo significado.   

Mas adiante, eu temo é que qualquer dia transformem a sociedade e os humanos numa espécie de novelo enrodilhado, que de tão ensarilhado, perde, por não ter sentido, a sua utilidade e finalidade.

Fica o consolo de, como diz o outro, “um gay é menos um concorrente e ainda ocupa outro…”

Desculpem os gays, (conheço alguns, por acaso gente impecável, na sua grande maioria, se bem que, conheço mais heterossexuais e não deixam de ser impecáveis por isso) mas quando passam a desfilar e a fazer da sua orientação sexual uma afirmação, deixam de ser normais para passarem a ser uma espécie rara que se acha sempre desprezada e diminuída, com tiques de quem se acha no direito de tudo e mais alguma coisa. Acho que deveriam, em primeiro lugar, assumir que as opções de vida das pessoas têm consequências. Não podem querer ser diferentes e não dar às pessoas o direito de comentarem a diferença.  Nem acho que tenham que desfilar para terem direito à diferença. Podem ficar por casa.

sábado, junho 27, 2009

 

“A resolução 86/2007 do Conselho de Ministros permite a transferência de verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional destinadas às regiões de convergência para a capital. Isto desde que os projectos em causa sejam de interesse nacional.”

Depois vêm falar de rivalidades do norte para com o sul do país. É de bradar aos céus. Então Lisboa, que como se sabe é discriminada relativamente às restantes (ricas e abastadas, já agora), além de ser a única região portuguesa que já não recebe fundos de coesão (que são atribuídos às regiões europeias menos desenvolvidas), ainda suga os recursos destinados às demais? Pobre país este que de tão centralizado se há-de afundar com o provincianismo de quem pensa que Portugal é Lisboa e o resto é paisagem. A política socialista revela-se; são muito bons com a carteira dos outros. A deles é deles, a dos outros é de todos.

Começo a perceber quem tanto se insurge contra o Terreiro do Paço, pena é que estas notícias não sejam divulgadas pelos órgãos de comunicação social nacionais, talvez porque não lhes convém. Afinal, todos comem do mesmo tacho. E ainda me querem convencer que o voto à esquerda é que é útil e traz alguma justiça? Foi o nacionalismo que fez o país. Não foi Lisboa que cresceu e conquistou, pelo contrário, foi conquistada. Leva recursos desde sempre. O motivo principal que impulsionou a instauração da Republica, o principal anseio de quem lutou contra o poder do Terreiro do Paço, era o da igualdade entre todos. Alguém a vê? Eu não.

quarta-feira, junho 24, 2009

The Return to innocence

“Thats not the beginning of the end, thats the return to yourself: The return to innocence”

Sucesso da década de 90, que ainda hoje nos faz pensar que ser alguém ligado ao esoterismo ou perito em meditação transcendental, seria mais fácil com musicas assim.

Há na musica em geral algo de mágico, algo que nos faz ser gente simples, simpática, carinhosa e mesmo bastante mais desinibida que o habitual. Existe em muitas o cariz transformador, que normalmente nos leva para o que mais desejávamos ser; um encantador de almas, gente bonita que vagueia pelo mundo distribuindo o que mais queríamos para nós próprios.

Quem olhava para os movimentos libertadores e carregados de amor e paz que grassavam nos anos 70, podia antever um mundo livre de armas, onde as pessoas faziam amor onde lhes desse na real gana, nunca ferindo ou atropelando a vontade dos outros, dando a todos a liberdade de decidir sem pressão de qualquer espécie.

E depois há o lado da revolta, revolta pelo que não têm os que a cantam, pelas bandeiras que empunham levando nas gargantas o sentimento de comunidades oprimidas e insatisfeitas com a vida que lhes proporcionam os seus líderes.

A música liberta-nos a mente, faz-nos viajar por um infindável mar de vidas, de experiências, de sentimentos em que, existe sempre uma ou outra, nos revemos ou nos imaginamos. Faz-nos sonhar.

É mesmo: The return to innocence.

segunda-feira, junho 22, 2009

Também e principalmente

Após algumas transcrições de textos, e porque a principal virtude de alguém que tem um espaço como este é a capacidade de partilha, decidi publicar uma excelente escolha.

Como aprecio as tuas, diga-se, excelentes opções musicais, aqui fica uma música da minha vida, que provavelmente também é da tua.

Se houver quem não goste, que aprecie o silêncio…

domingo, junho 21, 2009

O maior piquenique do mundo!

Portugal no seu melhor.

Quando recebo um e-mail com este título, já sei que vem lá galhofa com o que de mais parolinho por cá se faz. Este dia deve ter dado para recolher assunto para um ano de correio electrónico humorístico. É triste, mas é a verdade. O Sr. Belmiro tinha lá uns chouriços e broa quase fora de prazo, e em vez de matar a fome a quem precisa, promove um ajuntamento de fans do Tony Carreira (este é que devia ir para o Guiness) e acha, a julgar pelo discurso do seu director de marketing, que a sua fantástica rede de supermercados é que provocou tudo aquilo.

Parece que até o aplauso foi o maior do mundo.  E então os milhares que se juntam por esses estádios de futebol fora, muitas vezes em numero superior aos ditos 30.000, quando aplaudirem, a partir de agora, entram para o guiness?

Entretanto em Lisboa, uma câmara do serviço publico de televisão seguia o CR7, tentando arrancar umas palavras do menino de oiro, arrancando este a grande velocidade ao volante de um dos seus bólides. Fica a notícia da visita à loja da irmã, parece que na companhia do irmão e do cunhado.

Triste serviço publico que transforma o país num gigantesco piquenique, em que nem o director se safa, ao dar um tamanho pontapé na gramática com a frase: “há aqui pessoas que vieram de todo o país”. Devem ter dado a volta ao território no autocarro do Modelo…

Futebol e piqueniques, é esta a nossa triste realidade…

sábado, junho 20, 2009

Cabras

“Por mais delicadas que sejamos o mundo acaba sempre por nos transformar numas cabras, de modo que, mais vale nem sequer tentarmos ser excessivamente simpáticas.” R.A.

Esta citação é o cabeçalho de um blogue. Parece que serve para passar a mensagem de sexo forte e dominador (as cabras são guerreiras e teimosas), mas, quanto a mim, não é mais que uma acertada definição que as mesmas arranjaram para se designarem.

A frase é delas…

sexta-feira, junho 19, 2009

No caminho

Um amigo dizia-me para, em função da vida, gozar e viver como se todos os dias fossem o último.

Não creio. Em primeiro lugar, ninguém o faz no seu perfeito juízo. Não vá haver outro e outro consecutivamente, ou simplesmente porque não se querem transformar em alcoólicos.

Os dias devem, na minha modesta opinião, viver-se da melhor maneira possível. Devemos é, e acima de tudo, ser leais para com o nosso Eu. Somos nós, em primeiro lugar, que temos que estar de bem para connosco e com o mundo à nossa volta. Caso contrário, e como facilmente se nota quando assim não é, piorámos a nossa qualidade de vida e a daqueles que mais nos preocupam, ou  a quem mais queremos bem.

Acho que estou no caminho. Não, não acho que atingi o meu zen existencial, mas acho que o rumo que tracei e que tento percorrer é o que mais me agrada.

Agora, há gente que vive mesmo com essa máxima. Atropelam tudo e todos, pensam apenas e só em si próprios e no que mais lhes convém, não sabendo eles que tudo o que fazem ou desejam aos outros a vida lhes devolve, e por vezes em dobro.

Pois é…

quinta-feira, junho 18, 2009

??

...Saudade é amar um passado que ainda não passou,
É recusar um presente que nos machuca,
É não ver o futuro que nos convida...
Pablo Neruda

Desculpa Pablo, mas não concordo. O texto, além de confuso, demonstra que este sentimento é tão português, que outros não o conseguem descrever como nós o sentimos.

Pois é…

quarta-feira, junho 17, 2009

Pois é…

A vida gira ao ritmo, às vezes alucinante, de 24 horas por dia, 365, ou 366 dias por ano. A idade avança, o tempo passa e nós, quase sem darmos conta de que a contagem, ao contrário do que muitos pensam, é decrescente. O tempo, valioso crédito que nos é concedido, que vamos gastando como queremos, às vezes como podemos.

Passamos anos a estudar, a brincar, a descobrir, por vezes a experimentar. Acumulamos tudo num espaço virtual, embora físico, a que chamamos memória. Somos memória, somos passado e caminhamos para o futuro incerto.

Amadurecemos, ganhamos mais consciência do que somos, vamos continuando a perder o que tínhamos e a acumular bagagem. Vem a saudade. De tudo o que ficou, de tudo o que queríamos e não tivemos, de tudo o que passámos e vivemos.

Ficam as memórias. Muitas.

E o que somos e nos acompanhará para sempre, a alma. Conjunto de vivências, experiências e estados de espírito.

Li ontem num dos blogues que sigo, da ilustre Helena Sacadura Cabral um texto fabuloso, como quase todos da autora, que a seguir transcrevo e que define um estado de alma tão comum a todos que têm afectos e que, ao amadurecerem, tomam consciência da única certeza do futuro: a perda. Que gera:

Saudade

“Saudade é nunca sabermos de quem amamos, e muitas vezes, até, não sabermos porque as temos. Mas saudade da mãe que se perdeu, do homem que se amou, do filho que partiu, é um sentimento sem tradução, é a mais dolorosa das nossas nostalgias.
Inexplicavelmente, hoje, só hoje, tenho saudades não daquilo que perdi, mas sim de mim, na época em que não sabia o que eram perdas.” http://hsacaduracabral.blogspot.com/2009/06/saudade.html

Pois é…

domingo, junho 14, 2009

Meditação

Se consultarem um dicionário vão descobrir que, no fundo, a meditação, não passa de um acto de contemplar. Sim o sinónimo de meditação é mesmo contemplação. Que não passa de um acto de olhar muito tempo e com atenção.

Ora. olhando eu para a actualidade só vislumbro merda. Perdoem-me a sinceridade mas isto, e isto é o estado a que ISTO chegou, está pelas ruas da amargura. Contudo, se nos dermos ao trabalho de meditar, ou melhor, de olhar com muita atenção, vemos que nem tudo é assim tão mau. Não fossemos nós craques em ver coisas boas no meio de tanta coisa má, bem como perfeitamente capazes do contrário. Afinal, o jogador mais caro do mundo é tuga. E o gajo anda pelos States a engatar a solteira mais cobiçada do planeta. Até já temos enviados especiais em Madrid e Los Angels para cobrirem a chegada do craque sabe-se lá onde…

É isto que me faz pensar que, (lá estou eu a meditar), estou no país certo para ser famoso sendo banal. As banalidades, que não passam de futilidades, são sempre motivo de grande debate neste País. Não há cidadão que não opine sobre tudo e mais alguma coisa, não gostam é de ter de se deslocar seja onde for para terem voz em algo que seja verdadeiramente importante, como votar. Só se a assembleia de voto for no Algarve. Hoje a fila de regresso tinha, pasme-se, cerca de 20km de extensão. E os pacientes integrantes da dita, diziam que eram os ossos da carne que haviam comido toda a semana. Pois. Os nossos políticos são como as filas de fim de férias. Não os desejámos, nem sequer votamos, mas temos que levar com eles. E como com as filas, limitámo-nos a dizer mal, sem nada fazer-mos para alterar seja o que for.

Quem me manda a mim meditar…

segunda-feira, junho 08, 2009

O gajo dos botões de punho

Não tenho por ambição fazer deste blogue um espaço de reflexão política, mas, atendendo à conjuntura, vou fazer uma breve análise (completamente leiga, se bem que todo o homem é político) aos resultados de ontem.

Assim, e como dizia o Ricardo Araújo Pereira, parece que todos ganharam. Uns porque não desapareceram, outros porque aumentaram a percentagem de votantes, outros mesmo porque ultrapassaram a linha de água e estão já no pódio. Mesmo o grande derrotado venceu, porque a crise é que foi derrotada.

Afinal ganhou mesmo o tipo dos botões de punho, com ar de beto que dá aulas de etiqueta. Os partidos da extrema-esquerda subiram exponencialmente as respectivas votações, fruto da governação à direita do único partido democrático de esquerda. E ainda se admiram! Então a malta, em 2005, já fartinha do rigor da direita, que faz o favor de tentar manter as contas em dia (de tentar) e de distribuir tachos, vira à esquerda, e a única coisa de esquerda que obtém é a despenalização do aborto????  

E se ganham as próximas legislativas vem o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ora, sendo assim, o eleitorado de esquerda virou à esquerda. Querem mais esquerda e já viram que do Eng.º só mesmo amostra de esquerda.

Quanto a mim, que quero para a economia e sociedade em geral, menos estado, logo, menos lugares dos políticos, mais economia, mais empreendedores,  melhor regulação, sem acção, este é um péssimo sinal. Daqui por uns anos, temos revisores de contas do estado nas empresas. Acho que não é o caminho.

Acima de todos, perdeu a comunicação social. Acham, com a arrogância de quem acha que sabe medir o sentimento geral, que só eles sabem o que é melhor para todos nós. Dão-se ao luxo inclusive de decidir sobre quem é melhor ou pior para liderar um partido. Fazem sondagens, ou encomendam, com resultados direccionados, que falham redondamente. E caem no ridículo de revelarem nova sondagem com 2110 chamadas telefónicas validadas, quando se revelam resultados com mais de 3 milhões de votantes. RIDÍCULO!

A SIC, televisão de gente queque da esquerda moderna, dá-se ao cúmulo do ridículo. E depois pedem opinião sobre coisa ridícula. É este o triste contributo de uma televisão que se diz rigorosa. E ainda falam da Manuela Moura Guedes…

Deram-se ainda ao ridículo de andar durante toda a campanha a ridicularizar a dos partidos com menos organização mediática. Ora porque tinham pouca assistência nos comícios, ora porque retardavam as acções de campanha para terem mais gente presente. A do PS era um espectáculo todos os dias, “organização, comunicação e mesmo mobilização à Obama”. Tristeza a deles quando olhavam ontem para o espaço vazio do Altis. Como dizia o Ricardo Araújo Pereira, a crise chegou ao Altis. Como se as agências de comunicação ganhassem eleições. Se assim fosse, e atendendo à excelente assessoria, Avelino Ferreira Torres teria ganho a Câmara de Amarante.

Termino, com a firme convicção que, afinal, perdemos todos. Isto hoje continua na mesma. Não tenhamos ilusões, já não somos governados por cá, e ontem, 62% dos eleitores perderam a oportunidade de se pronunciarem acerca da Europa e do rumo que segue. Perdeu-se mais uma oportunidade de dizer basta a este estado de coisas em que nos atolámos.

Só ganhou o gajo dos botões de punho…

Pessoas

Gosto muito de conhecer gente interessante, inteligente de preferência, que me faça somar conhecimento e vida à minha.

O meu trabalho obriga-me a lidar com gente mais ou menos interessante, mais ou menos inteligente, mas faz-me conviver todos os dias com pessoas.

A minha vida pessoal, leva-me sempre atrás das pessoas. Tenho ânsia de conhecimento, não sei que bicho me mordeu em pequenino que não há onde não busque. Parece que agora, com as novas tecnologias, o meu desiderato se tornou mais complicado. Nunca sei quem será de confiança.

Num destes dias, um amigo, com vontade de se vingar de uma amiga colorida, pediu-me que adicionasse como amigo numa daquelas páginas mais ou menos pessoais, uma figura masculina. Essa figura não era senão ele, mas melhorado. Era um plágio de uma foto de um moço musculado, cuja cara não é visível.

O caso fez-me reflectir. Afinal, o que temos hoje nessas páginas no separador que diz “amigos”, será apenas um grupo de gente incógnita. Os melhores amigos (não tenham ilusões, isso não se decreta) os que realmente conhecemos, e, na busca de um número engraçado que seja o reflexo da nossa popularidade, um monte de gente sugerida pelo programa,  que adicionámos. Assim, mesmo virtualmente, somos uns gajos interessantes.

O perigo é mesmo esse. Se somos interessantes, viramos duvidosos.

quarta-feira, junho 03, 2009

Há coisas enervantes. A política cada vez mais, a crise cada vez menos, a hipocrisia sempre.
Acho incrível a memória curta das pessoas, qual mentira com a mesma medida de perna.
Isto, devido à época eleitoral que atravessámos. Já não tenho pachorra para os candidatos, que, à imagem do que nos têm habituado, não passam de "betinhos" à procura de um bom resultado para satisfazerem os líderes, ou, no caso do Sr. de cabelo branco, para provarem o sabor de tudo contra o que lutaram durante anos.
Vou votar. Acho que a abstenção não é solução, é apenas o deixar para esses cromos a responsabilidade das opções que deveriam adoptar por aquilo que apregoam.
Vital, como ex-comunista, nunca teria o meu voto. Não por ser ex-PC, mas antes porque se tornou um pasquim. É arrogante, e goza com o povo quando diz que a crise é mais mediática que real. Rangel, não. Não gosto da figura que quase rebenta pelas costuras de tão gordo e os botões de punho irritam-me.
Nuno Melo, talvez. Apenas porque é de Braga, cidade que me é muito querida. Mas quando vejo o Sr. Colgate white ao seu lado, mudo de ideias.
Mais à esquerda, sentia-me contrariar tudo aquilo em que acredito, menos Estado na economia, mais regulação, mas iniciativa privada sempre. Este estado de coisas a que chegou Portugal, onde quem tem muito dinheiro tudo atrasa (obras, falências, julgamentos, leis, segurança, etc.), onde a subsídio-dependência atingíu o ridículo, onde os Réus gozam com os Juízes e estes com os Polícias, onde ser cumpridor da Lei e das regras da sociedade é ser uma espécie de "otário", é o culminar de longos anos de políticas de facilitismo. Desde a criação de subsídios para "escolarizar" quem não quer ir à escola, até subsídios para deixar a toxicodependência, todos estes e mais alguns sempre superiores aos atríbuidos a quem realmente precisa, esta mania do Estado socialista querer dar liberdade para a libertinagem, onde uma miúda de 15 anos não pode fazer um piercing sem a autorização dos Pais, mas pode abortar sem estes saberem, leva-me à triste conclusão que o que deveria ser normal, está a tornar-se raro. A ausência de valores existente na vida política nacional, sem alternativas de valor à vista, leva-me a pensar que se calhar, vou dar o meu voto a um desses movimentos criados recentemente e que, graças à Lei Eleitoral, recebem os 30€ correspondentes. Pelo menos não o vão gastar em bandeiras e bonés para dar aos estoicos resistentes que ainda vão aos comícios.
O SONHO

Pelo Sonho é que vamos
comovidos e mudos
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não frutos,
pelo sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos
com a mesma alegria
ao que desconhecemos
e ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?

Partimos. Vamos. Somos.


(Retirado do blogue de uma amiga. Gostei, logo... copy, paste!)
Andei todo o fim-de-semana a pedir um aguaceiro, mas tal desejo não me foi concedido. Parece que o número de pessoas a pedir bom tempo era superior aos incomodados pelo excesso de gente que afluí às praias.
As mamãs a gritar com os meninos, os meninos a ignorar, as mamãs a ameaçar,...
Não há como um dia de calor para recordar que viver na praia se assemelha a uma invasão de propriedade quando há bar aberto. Tudo cá vem ter. Eu até acho muito bem, devia era ter dinheiro para me evaporar ou pagar para a malta fugir para as praias vizinhas. Não que ache que não lhes assista o direito de virem para a praia da Madalena, apenas porque isto perde a piada com a afluência em massa. Fora isso tudo bem.
Um café e um aguaceiro!