quarta-feira, setembro 09, 2009

Actualidades

Hoje, sem assunto para dissecar, apetecia-me, contudo, escrever. À falta de assunto, fiz um périplo pela actualidade. Nada me seduz para fazer um comentário daqueles que só a mim diz respeito. Sim comentário, porque nós somos donos da nossa opinião, ou deveríamos ser. Existem fazedores de opinião a quem não vale, pura e simplesmente, dar a mínima atenção.

Da ordem de retirada do livro daquele ex-inspector da PJ, até ao, supostamente, indigitado novo director da TVI, nada me seduz, porque não me suscita interesse. Que Portugal ganhou à Hungria, já todos sabemos e esperávamos (como esperávamos a vitoria sobre a Albânia, em Braga, e empatámos), que a campanha eleitoral anda por aí, sem esclarecer ninguém a não ser, provavelmente, os opinadores que esmiúçam até ao ínfimo pormenor a performance dos intervenientes. Como se importasse…

Não. actualidade nacional cada vez me interessa menos comentar ou eventualmente acompanhar. Cheguei ao ponto em que voto no contra e acompanho ao mínimo, não vá a minha tensão arterial subir desmesuradamente e provocar algum percalço no meu bem estar. Não. Pouco me importa que os Baldaias e os Pinas deste país se apregoem isentos quando não o são, ou que, quem se assume com lado político seja corrido dos painéis de opinião; que se critique o populismo à direita (e bem) e se dê tanta publicidade e promoção a um populismo de esquerda, que, à boa maneira marxista, proponha nacionalizações a torto e a direito, e a liberalização da bandalheira. País estranho este que discute alegremente possíveis coligações com partidos que são contra a UE, a Nato, a OCDE, a Organização Mundial do Comercio e todas as demais organizações que sirvam para regular o que quer que seja. Pobre país este. Não conseguimos crescer como povo e como sociedade sem a mão tutelar do despotismo ou do populismo. O caciquismo apodera-se de tudo como um polvo com densos e extensos tentáculos, qual academia da cunha, onde sem esta, ninguém vai a lado nenhum.

E já agora, pobre gente que vive no país das garantias, onde tudo anda atrás de garantir seja o que for. Ou a pensão do ex-marido (“p’ró menino, não é p’ra mim…”), ou o subsidio disto ou daquilo, ou a efectividade no emprego, a caixa, a reforma, a vida boa, as benesses, etc., etc., etc.,…

E ainda queriam que o Estado, qual pai tutelar, nos obrigasse a assumir compromissos que não queremos. Isso é que deveria ser discutido nesta campanha. A economia é com o Sr. Jean Claude Trichet. As uniões de facto, a solidariedade, a justiça, a educação e a reforma do estado (papão que nos suga todos os recursos), temas fracturantes que gostaria de ver debatidos. Não, enchem-nos de economia, de visões utópicas de um país que depende do exterior para quase tudo, qual panaceia para tudo o resto.

E vou dormir, que amanhã tenho que trabalhar, parece que desde Abril já trabalhamos para a empresa e, consequentemente, para nós próprios. Até aí, trabalhámos para o papão Estado.

Já agora, votem, porque, apesar de tudo, isso ainda é o mais importante.

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