Não me parece. Acho até que quando as relações se eternizam, acabam por infernizar a vida de um dos elementos do casal.
Quando as relações começam, tudo é belo, tudo são rosas, tudo o que é bom ofusca os defeitos. É como um carro novo. Raramente se descobrem defeitos, e quando nos falam em algum, enervámos-nos e relativizamos ou mesmo eliminamos, pura e simplesmente, os ditos. Partilhámos com os melhores amigos, na esperança de os convencer. Ficamos sempre à espera que o momento de ver esse alguém chegue.
A paixão no seu auge é quase a perfeição de uma relação.
Depois, como sempre fazemos com tudo o resto, inventamos forma de estragar o que está, quase, perfeito: Casámos!
É o momento do sonho de qualquer menina. Elas são mesmo preparadas para esse desiderato, o casamento é a meta da vida delas. E os filhos. Mulher que não case quer muito ter filhos, as que casam são pressionadas para isso, até porque a sociedade não compreende a opção de não os ter. Quando os meninos nascem, são os filhos delas, e os maridos passam, imediatamente, a “pai do meu filho”. O modelo que elas escolheram, que não tinha defeitos, que era todo ele o que mais desejavam, acabara de nascer e, perfeição das perfeições, era para moldar como elas querem. Elas projectam então nos filhos, aquilo que viam no pai. E começa uma longa e árdua tentativa de fazer mais uma perfeita e ideal paixão. Aliás que se prolonga vida fora, vide as sogras…
Depreende-se desta curta e resumida reflexão que, não sendo o amor eterno, elas fazem tudo para o prolongar.
Louve-se a tentativa.
Só que, normalmente, estragam tudo a tentar.
P.S.: Reconheço algum machismo exacerbado neste texto. Contudo, gostaria de referir que o texto é inspirado num exemplo real. Desculpem-me as meninas que lerem este texto e não se achem assim. Eu acredito que não sejam, mas olhem à vossa volta e facilmente revêem características aqui descritas em alguém que vos é próximo. Mais que não seja, a vossa sogra…
sem dúvida... eu compreendo!
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