Andar por aí deve ser porreiro, pá!
Devia, aliás, ser uma profissão com acesso através de concurso público. Sim, porque nem todos têm perfil para andar por aí. O Pedro Santana Lopes, por exemplo, não conseguiu manter-se por aí, rapidamente regressou ao por aqui, que designo por lides públicas.
Não, o andar por aí não é um cargo público, o por aí é um cargo privado, quase uma carreira auto-didacta que se limita a apreciar quem anda por aqui.
Ainda não perceberam, eu explico:
Andámos todos por aqui a ver se percebemos porque é que somos o País que somos, com todos os defeitos e virtudes, com os atrasos e avanços, os que em nós mandam e nos dirigem, e ainda não entendemos que enquanto por aqui andarmos nos limitamos a ser informados e, por vezes, ignorados.
E a classe que anda por aí a dirigir-nos, vai por aí levando o que produzimos, entrega a quem entende o que dá para ver por aí, eventualmente estudar o que se vai fazer por aí, e, melhor fora, que não tenha que se deslocar a lado nenhum, muito menos por aqui.
Estes que analisam os “por aí” são os que se safam. São os que ninguém sabe o nome, ninguém conhece, mas que se tornam um número, considerável diga-se, por aqui.
São os gajos que quando por cá se faz de conta, vão vendendo essas ideias e ganhando o pilim. Esmiúçam, fazem textos parvos (mais ou menos como este), tornam-se famosos e influenciam opiniões. Não, não são os Gato Fedorento. São os 48.000 milionários de Portugal. Excluindo meia dúzia de palermas que trabalham mesmo, os outros andam por aí (devem ser gestores) a analisar e estudar soluções que ninguém entende, mas, contudo, sendo produzidas a partir de bases estudadas, enfim, por aí, se tornam valiosíssimas.
Deve ser…
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